A vistoria do Corpo de Bombeiros é condição para a liberação de alvarás de funcionamento em 2015 para os estabelecimentos comerciais de Santa Rita do Sapucaí. A regra também é válida para os proprietários de box no mercado municipal, no centro da cidade.

 O proprietário de um dos espaços, Giovane Campione Garcia, teme que “o Corpo de Bombeiros encontre irregularidades e acabe fechando o mercado”. Ele diz que “não temos extintores de incêndio e acessibilidade para cadeirantes”.

As condições de limpeza são outros pontos levantados por Garcia que cita dois casos ocorridos com clientes. Um deles disse ao comerciante que “não sabia que o banheiro era tão precário” e pediu detergente “para lavar as mãos”. Em outro caso, uma senhora, que estava preparada para ir à missa, durante a Festa de Santa Rita, “foi alvejada por uma pomba que a lavou”.

Décio Magalhães de Almeida que também tem um box no mercado municipal ressaltou que o local é ponto turístico da cidade, mas “está abandonado há anos”. Ele cita que é proibido fumar no mercado, “porém não há fiscalização. A vigilância sanitária não vem e a Guarda Municipal raramente aparece” no espaço.

O secretário de administração, José Norberto Dias, conversou com a reportagem sobre os temas levantados pelos proprietários de box no mercado municipal. O município, segundo Dias, é o principal interessado em que o alvará de 2015 seja liberado.

“Logicamente que o nosso engenheiro vai fazer um projeto para adequar   às regras do Corpo de Bombeiros. A parte da prefeitura será feita. Logicamente, que as pessoas vão ter que pensar que cada box terá que ter o seu extintor e se adequar as condições dos Bombeiros”, disse.

O aluguel de cada espaço de box é em torno de R$ 70 por mês, o valor insuficiente para a manutenção de todo o espaço. Segundo o secretário, cabe a prefeitura a limpeza das áreas comuns como os corredores, porém isso é “difícil de administrar porque há mercadorias colocadas nesse espaço. “Não há autorização para isso. A utilização é dentro do box.”, afirmou o Beto.

Ele acrescentou ainda que “a obrigação de limpar o box é de quem o está utilizando. Agora, se o utilizo e coloco a sujeira dentro de um cesto de lixo para retirar, isso é a nossa obrigação e fazemos. Toda semana fechamos meia hora mais cedo – há reclamação pelos proprietários de box por isso- para que façamos uma limpeza geral”.

O secretário lembrou ainda apesar do valor de locação ser de R$70 ainda há inadimplência. Em um levantamento de 2013 foram encontradas dívidas que chegaram a R$ 70 mil. “Nós cobramos e a maioria colocou as dívidas em ordem, em todo início de ano fazemos balanço para saber onde estão as irregularidades.

Fonte: Jornal Notícias do Dia