O quadro “ilusões perdidas” do pintor suíço Marc-Charles-Gabriel Gleyre, que inspirou o título da obra mais
conhecida do escritor homenageado Godofredo Rangel: “A barca de Gleyre”.

A Alca – Academia de Letras, Ciências e Artes de Santa Rita do Sapucaí completou 29 anos de existência no último dia 28 de setembro. Como rege a tradição, os acadêmicos se reúnem todos os anos nesta época do ano para celebrar o aniversário da instituição. Em 2014, a celebração será no próximo sábado, dia 04. A sessão solene acontece no Auditório Aureliano Chaves, no Inatel – Instituto Nacional de Telecomunicações, de igual forma um lugar já tradicional.

Na sessão do próximo sábado, uma agenda especial foi preparada. O presidente da Alca, o jornalista Evandro Carvalho, abre os trabalhos com o discurso oficial da casa. Na sequência, o acadêmico Décio de Almeida Azevedo prestará uma homenagem ao escritor e patrono Godofredo Rangel. Em seguida, a professora, escritora e acadêmica Ilma Faria fará o lançamento oficial de seu livro de poemas. A sessão será encerrada com uma apresentação do grupo de ballet da coreógrafa e acadêmica Ândrea Falsarella.

O acadêmico Décio de Almeida Azevedo ocupa a cátedra de número 21 da Academia, cujo patrono é o escritor Godofredo Rangel. Se vivo estivesse, Rangel completaria 130 anos em 21 de novembro. Homenageado em algumas academias de cidades da região, o patrono recebe agora as honrarias da Alca, através de Azevedo – profundo estudioso do autor. José Godofredo de Moura Rangel nasceu na Vila de Três Corações do Rio Verde, hoje a vizinha Três Corações. Graduou-se em direito e ciências sociais em São Paulo, onde conheceu Monteiro Lobato, integrantes que eram do grupo literário “Cenáculo”. Em Santa Rita do Sapucaí residiu por alguns anos e lecionou no Instituto Moderno de Educação e Ensino. Ganhou do amigo Monteiro Lobato o apelido de “Eletricista do Sapucaí” e trocou intensa correspondência (por quase uma vida inteira) com o autor do “Sítio do Pica-pau amarelo”. Destas epístolas, surgiu o livro “A barca de Gleyre”, obra mais conhecida de Rangel.

Ilma Faria Dutra é uma das acadêmicas fundadoras da Alca. Professora e escritora, escreve poemas desde a infância. Decidiu publicar seu primeiro livro, “Poemas ao entardecer”, que será lançado oficialmente na sessão solene. Ao final da sessão, Ilma Faria vai autografar os exemplares. O resultado de seu livro são trabalhos profundos. “Existe dentro de mim uma alma de poeta. O poeta nunca fica nas ramas, ele vai sempre ao cerne”, diz a escritora. Nos últimos dois anos, a produção de livros dos acadêmicos é relevante: destaque para as obras do cartunista e escritor Victor Hugo Neira Muñoz, do sociólogo Yago Bueno e do engenheiro e professor Jaci Alvarenga.

A bailarina Clara Belasque, do grupo de ballet da coreógrafa e acadêmica Ândrea Falsarella, apresentará a variação feminina clássica do ballet Dom Quixote para encerrar com muito bom gosto a celebração dos 29 anos da Alca. A sessão é aberta ao público e terá início às 18h.