Cidade Criativa, Cidade Feliz 2014, um festival de criatividade e inovação. Fruto da articulação entre poder público, instituições de ensino e de fomento, empresas, setor criativo e outras parcerias, Santa Rita do Sapucaí está realizando durante o mês de agosto este movimento cooperativo e colaborativo que contempla uma programação eclética e multidisciplinar.

A FAI está integrada à Cidade Criativa, sendo uma das realizadoras do evento. “Vejo o festival de tecnologia, criatividade, inovação e cultura como um grande mérito: o de reunir talentos e recursos, abundantes na cidade, para pensar e realizar eventos que envolvem a população e promovem a cultura, o lazer e a cidadania, tornando mais visível à população local e externa o que a cidade tem e pode-lhes oferecer”, ressalta o diretor da Faculdade, Prof. Dr. José Cláudio Pereira.

Como parte da rica programação, na noite de 13 de agosto, a palestrante Lala Deheinzelin, especialista mundial em Economia Criativa & Desenvolvimento Sustentável, ministrou a palestra com o tema “Cidades Criativas e Colaborativas” para um público de seiscentas pessoas, no Teatro do Inatel.

A seguir, parte da entrevista com a palestrante.

 Ascom/FAI: O que é uma Cidade Criativa?

 Lala: Antes de falar sobre Cidade Criativa, vou falar de Economia Criativa, que vem antes. Economia Criativa é a estratégia de futuro. É a economia gerada a partir de recursos que não se esgotam, mas se multiplicam com o uso. É uma termologia brasileira, que foi reinventada a partir da indústria criativa que vem do Reino Unido. Ela é a chave do futuro.

 Ascom/FAI: Cidade Criativa é…

Lala: A ideia de cidade criativa e território criativo vem com evolução do tema, pois a economia criativa começou a trabalhar só em setores, mas o desenvolvimento local trabalha de forma integrada. O conceito vem de fora, estamos reinventando-o.

O maior patrimônio que um território criativo tem é aquilo que ele é: seus saberes, seus fazeres, suas características próprias. É mais que um produto, é a estratégia de desenvolvimento no futuro. Nossas lideranças políticas não entenderam isto ainda. Só por meio de políticas públicas há se conquistar a prosperidade de desenvolvimento de forma sustentável e gerar riqueza no futuro. É o que está acontecendo aqui em Santa Rita do Sapucaí.

Ascom/FAI: Santa Rita tem possibilidades de se tornar um território criativo?

Lala: Não é possível gerar riquezas intangíveis sem a tecnologia e aqui o ambiente é muito favorável. Todo este patrimônio intangível tem como gerar riqueza e qualidade de vida a partir da ferramenta que a tecnologia oferece, a tecnologia com um meio e não um fim. Tudo que estava espalhado, a tecnologia permite conectar, visibilizar e começar criar fluxo, a gerar riqueza.

Aqui os processos são fortes e existe articulação entre academia, poder público, centros de pesquisa, produção do conhecimento, setor criativo e outros importantes atores da sociedade em busca de um objetivo comum: fazer de Santa Rita um território criativo. Fiquei fascinada com o que conheci aqui.

O coordenador geral do evento é o Secretário Municipal de Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio, de Santa Rita do Sapucaí, professor Wander Wilson Chaves.