Fernando Henrique Alves será julgado por crime cruel contra cabeleireiro

Em Alfenas, o garçom acusado de matar o cabeleireiro Gilvan Firmino Ferreira no dia 25 de agosto de 2011 foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado pelo júri realizado ontem quinta-feira (21).

Fernando Henrique Alves, de 28 anos, vai cumprir pena por homicídio e vilipêndio de cadáver, já que ele decepou uma parte do corpo da vítima.

O crime aconteceu durante a madrugada. Vizinhos ouviram discussões durante a noite e pela manhã viram sangue sangue saindo de dentro da casa onde o cabeleireiro morava sozinho. O garçom teria confessado o crime e foi preso no Presídio de Alfenas.

O júri começou por volta das 9h00 no Fórum da cidade e terminou às 20h00. A audiência foi presidida pela juíza Denize Lucio Tavela. O réu retornou para o Presídio de Alfenas.

Cena do crime

O corpo do cabeleireiro – que era homossexual – estava caído na sala, atrás do sofá, com sinais de muita violência. Depois de matar, o assassino ainda usou gilete para fazer um grande corte no abdômen do cabeleireiro: arrancou as vísceras e estômago com as próprias mãos.

No interior do corpo descarregou o conteúdo de um extintor de incêndio. O rosto de Gilvan ficou totalmente desfigurado por causa da ponta do nariz arrancada, boca retalhada, além dos chutes. Tinta preta de cabelo ainda foi espalhada pelo corpo e manchou, inclusive, mãos e braços do próprio Fernando.

Os órgãos genitais da vítima também foram dilacerados pelo assassino, bem como o fígado arrancado, frito numa sanduicheira e passado para um animal comer. “A carne era ruim, estava sem sal, e dei pro cachorro comer”, relatou o suposto assassino, em depoimento.

Na época, o delegado Leonardo Procópio comentou que o consumo de drogas, mesmo exagerado, não justificava tamanha crueldade. “Ele está muito alucinado, mas nem todo mundo que fuma crack comete este tipo de crime”, avaliou. Ele indiciou Fernando por homicídio triplamente qualificado. Fernando se encontra no presídio de Alfenas desde o dia 25 de agosto de 2011.