A Rede de Supermercados Bretas iniciou nesta semana a seleção de profissionais para trabalharem em sua nova loja em Pouso Alegre.
De acordo com informações obtidas com exclusividade pela reportagem do Jornal Diário, serão gerados mais de 150 empregos diretos, sendo que a previsão de inauguração inauguração da loja será em agosto. O supermercado está em obras desde o final do ano passado, no terreno da antiga Usina da Vigor (Avenida Perimetral). Os currículos dos pretendentes já podem ser entregues na Rua Santa Catarina, 141, Centro. Para contratação imediata já estão abertas vagas para as seguintes funções: operadores de Caixa, repositores, padaria e confeitaria, depósito, orientadores, açougueiros, prevenção de perdas e encarregados gerais. A empresa oferece além de salário fixo e  registro em carteira, diversos benefícios, como Participação nos Lucros e Resultados, Plano Odontológico, Plano Médico (Unimed), Vale Transporte e Plano de Carreira.

REUNIÕES
Na semana passada, representantes do Bretas se reuniram com o presidente do Sindicato do Comércio do Vale do Sapucaí (Sindvale), Alexandre Magno de Moura,  para tratar da convenção Coletiva e os investimentos em Pouso Alegre.

A EMPRESA
A Rede Bretas de supermercados e hipermercados, considerado atualmente como o maior de de Minas Gerais e o sétimo do país, surgiu no município de Santa Maria de Itabira, no interior de Minas Gerais, tendo sua primeira loja inaugurada em 1950. Em 2010, a rede foi adquirida pela Rede Cencosud, um grupo supermercadista de origem chilena que possui lojas em vários países da América Latina. Sua ampliação pelo País deu-se na década de 80, após a inauguração da filial em Timóteo – MG. Atualmente, a Rede Bretas tem 78 lojas em importantes cidades de Minas Gerais, da Bahia e de Goiás, nas quais trabalham em torno de 11 mil funcionários. Na região do Sul de Minas, a Rede Bretas possui duas lojas em Varginha, duas em Poços de Caldas, uma em Itajubá. Além da nova loja na Avenida Perimetral em Pouso Alegre, está prevista a inauguração de um Hipermercado Bretas no Serra Sul Shopping, até o final de 2012.

LIÇÕES DO FUNDADOR

Em novembro de 2010, o presidente e fundador do Grupo Bretas, Estevam Duarte, durante coletiva a imprensa sobre a venda da rede de supermercados para grupo chileno Cencosud, revelou detalhes de como conseguiu alcançar sucesso na vida empresarial através da simplicidade. Bastou um quarto de século para que o empresário transformasse um pequeno armazém de sete funcionários na pacata Santa Maria de Itabira (10.785 habitantes), localizada na Região Central do estado, no conglomerado bilionário que foi vendido para a rede chilena Cencosud, por R$ 1,35 bilhão, um valor 30% maior do que o estimado pelo mercado. E bastaram três meses para que a rede de 70 lojas, 15 postos de combustível, 12 mil empregados e faturamento estimado de R$ 2,5 bilhões (em 2010) fosse inteiramente vendida.  Por trás de do sucesso há um intrigante projeto de vida. “Tenho um projeto de vida que está ligado à religião e já passou o tempo de parar para me dedicar a ele”, disse Estevam de Assis, na época, no alto dos seus 54 anos. Trata-se de uma missão divina, acredita. Para cumpri-la, há mais de dez anos ele e a esposa fizeram um voto de simplicidade. Passaran a viver em um apartamento de classe média, de três quartos, andam num Palio 1.0, sem vidro elétrico, e limitam as suas despesas a R$ 4.000 ao mês. No apartamento, não tem televisão. O voto de simplicidade também inclui um guarda-roupa limitado a 12 camisas. “Se ganho uma a mais, dou outra de presente”, explica. E também a doação à igreja de praticamente todos os rendimentos que recebe pela participação no grupo. “É uma missão que ninguém entende direto. Quanto menos a gente precisa, mais livre a gente é”, explicou Duarte de Assis em conversa com jornalistas para detalhar a operação de venda do grupo Bretas. Foi a última entrevista que ele deu. Na verdade, o ex-presidente do Bretas tem aversão à imprensa e concedeu apenas três entrevistas em toda a sua vida, mas não se furta a um bom papo quando está diante de jornalistas.
Em especial se o assunto é a terapia que usa o método Abordagem Direta do Inconsciente (ADI), criada pela psicóloga e pesquisadora Renate Just de Moraes, que ele promove por meio da Fundação de Saúde Integral Humanística (Fundasinum), e que diz ter modificado inteiramente a sua vida. Animado com a mudança, Estevam passou a indicar o método para toda a família, para empregados de nível gerencial e para padres e freiras, bancando tudo do próprio bolso. Em um ano, mais de 200 religiosos receberam tratamento gratuito.