Cíntia Ferreira
Antigas e atuais formas de preconceito racial praticadas em Santa Rita do Sapucaí foram expostas pelo jornalista Jonas Costa durante palestra sobre a comunidade negra local, na manhã da última sexta-feira (12), no Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel). Autor do livro recém-publicado A rainha operária e sua colmeia negra, Costa inaugurou o “Ciclo de Palestras Conhecendo a Memória da Comunidade Santarritense”, que integra as atividades do Programa Inatel Cultural. Aproximadamente 100 pessoas assistiram à conferência.
O jornalista intercalou informações a respeito do racismo e da personagem principal de sua obra, a líder negra Maria Idalina de Jesus (1902-1997). “Maria Bonita”, como era conhecida, fundou o bloco carnavalesco Mimosas Cravinas (1932) e a Associação Santarritense José do Patrocínio (1944), pois até então não havia espaço para os afrodescendentes nas entidades recreativas criadas pela elite branca da cidade.
Diante de uma plateia majoritariamente estudantil, Costa salientou a participação de antigos alunos do Inatel e da Escola Técnica de Eletrônica (ETE) no combate à segregação racial, socialmente aceita em Santa Rita até meados do século passado. O biógrafo de Maria Bonita relatou que o Diretório Acadêmico do Inatel e o Grêmio Estudantil da ETE organizaram, em novembro de 1968, uma passeata de estudantes contra uma decisão racista do Clube Santarritense: proibir a realização de um baile de formatura de técnicos em eletrônica porque havia um negro naquela turma. “Foram os estudantes forasteiros os primeiros a denunciar e expor publicamente o racismo santa-ritense”, ressaltou o palestrante.
Na opinião de Jonas Costa, a discriminação e a exclusão dos afrodescendentes ainda estão presentes na sociedade santa-ritense, embora assumam formas menos perceptíveis. A dificuldade de ascensão profissional dos negros no “Vale da Eletrônica”, o isolamento geográfico dos bairros da Nova Cidade e a recente declaração racista do vereador Clarismon Inácio (PSDB) foram alguns dos exemplos de segregação racial mencionados pelo jornalista. No encerramento de sua apresentação, Costa homenageou o pedreiro José Borges (Zé Pequeno), ex-dirigente da Associação José do Patrocínio, que havia falecido no dia anterior, aos 88 anos.
O livro do jornalista sobre a vida de Maria Bonita pode ser adquirido pelo site http://www.clubedeautores.com.br.


























Será que o Vereador Bodinho, estava presente na platéia?
Mauro Vital
Pq apagaram as outras postagens e deixaram só essa sobre o Bodinho? Se for algum erro de servidor que desapareceu temporariamente com as postagens, peço desculpas.
Ô Giácomo, não é querendo ser chato mas já sendo, não sei também se foi você ou outra pessoa, mas vários comentários foram apagados nesse post, inclusive, se não me engano, 2 meus, e deixado só um criticando o Bodinho. Apagar comentários que desagradam alguns, mesmo não contendo ofensas ou mentiras, tira a credibilidade do blog. Gostaria de ter a dúvida sobre os comentários “sequestrados” solucionada. Vou mandar um e-mail pro “já que perguntar não ofende”… Ehehehe. Abraços.
Em jogo a credibilidade desse blog, aguardamos resposta satisfatória sobre os comentários apagados.
Sou ex aluno da ETE da turma de 1968 e fazia parte da comissão de formatura.. Queria fazer algumas correções. O protesto contra o clube foi apenas dos alunos da ETE , não houve participação do Inatel. O clube não proibiu a realização do baile porem não permitiria a participação do colega negro (não sei o que é pior). O baile foi realizado em Pouso Alegre para desapontamento de família tradicional de Sta Rita cujo neto também se formava naquele no.