Professores estão há quase 2 meses em greve em escolas da rede estadual

Adesão à greve da rede estadual foi parcial em Minas; 39 escolas estão paradas na região

Professores da rede pública já estão há quase dois meses em greve em algumas escolas estaduais de Minas Gerais. A adesão é parcial, já que a grande maioria das escolas não participa do movimento. Em outras, apenas alguns professores estão parados. Apenas em 75 cinco escolas de todo o Estado, a paralisação é total. Os professores reinvidicam melhoria salarial, sem excluir os benefícios que já recebem.

Na Escola Estadual Coração de Jesus, em Varginha, por exemplo, 1,4 mil alunos dos ensinos fundamental e médio estão sem aula. Em Alfenas, professores de três escolas aderiram ao movimento. A Estadual Emílio Silveira tem cerca de dois mil alunos que não frequentam a escola desde 12 de junho. Na Escola Napoleão Sales, também em Alfenas, dos 47 professores, 24 cruzaram os braços. Dos três turnos, apenas o da tarde tem aula, o que atingiu 700 dos 1.024 alunos. A paralisação na escola começou no dia 04 de julho.

Hoje o piso nacional é de R$ 1.187 mais benefícios por 40 horas de trabalho por semana. Já em Minas Gerais, o valor é de R$ 1.122 por 24 horas de trabalho. Mas segundo os professores, com esse novo valor que foi estipulado pelo governo de Minas no início do ano, todos os direitos adquiridos foram excluídos, como a valorização do tempo de carreira. A Secretaria de Estado da Educação diz que o piso estadual cumpre o que determina o Ministério da Educação.

De acordo com as superintendências regionais de ensino do Sul de Minas, 39 escolas estão paralisadas total ou parcialmente.

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2 Responses to Professores estão há quase 2 meses em greve em escolas da rede estadual

  1. Avatar de ÂNCORA ÂNCORA disse:

    Entendo que a proposta do governo no início deste ano é realmente um “absurdo”, pois com esta proposta, tanto os professores iniciantes, como os que tem 30 anos de carreira e 5 quinqüênios (direitos já adquiridos) ganharão igualmente os mesmos R$1.122,00.
    Isto é correto? Isto ocorre em outras profissões? Os direitos adquiridos são banidos e todos, iniciantes ou profissionais da educação em fim de carreira, em regime de 24 horas, passam a ganhar igualmente??????????
    Isto é um absurdo. É tripudiar sobre toda a dedicação de quem se dedicou anos e anos ao magistério!!!!

  2. Parabéns, Giácomo, por falar na greve. Continue falando, pois é um serviço à categoria.
    Não é fácil ficar 60 dias em greve, e ver que esse desgoverno não se importa nem um pouco com professores, alunos e familiares.
    Uma educação de qualidade é o mínimo que exigimos dos professores de nossos filhos, então por que não valorizá-los, pagar o que é de direito. E é lei federal jugada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Nós, professores, estamos em greve pela nossa valorização salarial. Somos a base de um país mais educado, honesto, justo. Temos em mãos pedras preciosas ainda em estado bruto e as lapidamos dia a dia, até que se tornem joias dentro da sociedade.
    Seria bom que os professores santarritenses ( da qual tenho a honra de pertencer, embora agora de longe, aqui em Belo Horizonte ) lutem também por seus direitos.
    Está na hora de esq a ideia de esquecermos de que a profissão de professor não tem preço, que nada pode pagar. Ela tem preço sim, é uma profissão, não somente uma missão. Precisamos e merecemos ganhar satisfatoriamente por ela.

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