A menor Ana Luíza Braga Maciel, dez anos, que estava desaparecida desde o dia 27 do mês passado na Região de Venda Nova, na Zona Norte da capital, foi encontrada morta no começo da noite desta segunda-feira (02) em um lote vago da Rua Dom Sebastião Lima, no Bairro Copacabana. O corpo, em adiantado estado de decomposição, estava amarrado dentro de um saco plástico preto e apesar de a Polícia Civil não ter encontrado, no local, marcas de tiro ou faca, o caso é investigado como sendo de assassinato com suspeita de enforcamento.  Policiais da Delegacia de Homicídios/Venda Nova estão aguardando informações preliminares do IML sobre o que pode ter provocado a morte da criança e, principalmente, sobre se houve ataque sexual.

O crime causou grande repercussão na região do Bairro Copacabana, onde muitas pessoas ajudaram a procurar a criança que desapareceu em circunstâncias misteriosas. A mãe da menor, a doméstica Maria dos Reis, 37 anos, contou para a polícia que não sabia quem poderia ter raptado a sua filha que teria sido assassinada no mesmo dia em que desapareceu, por causa do estado de decomposição do corpo. Ela afirmou que a família não possui nenhum inimigo, acrescentando que “a Ana Luíza era uma criança inocente, que não fazia mal para ninguém e era muito querida na rua onde morava”. Peritos da Criminalística que fizeram exames no local revelaram que a criança estava morta há pelo menos seis dias e o estado do corpo não permitiu exames que confirmassem ou não ferimentos de tiros ou de faca ou até mesmo de agressão. Apesar da total falta de pistas, a polícia abriu inquérito nesta terça-feira (03) e a delegada Ana Maria Paes Santos passou o dia fazendo diligências na Região de Venda Nova.

A mãe da criança e outros familiares contaram para a polícia que Ana Luíza havia saído de sua casa, no Bairro Copacabana, na tarde de terça-feira passada, dia 27 de outubro, para levar algumas chaves para uma família conhecida, a menos de três quarteirões de distância. Depois disto a doméstica e seus parentes começaram a ficar preocupados diante da demora da menina em voltar para casa. Na medida em que o tempo avançava a família ficava mais preocupada. No final da semana passada, diante do mistério do desaparecimento, familiares fizeram alguns cartazes que foram espalhados no Bairro Copacabana, com apelos dramáticos para que informações sobre o paradeiro da criança fossem repassadas para a família.

O mistério permaneceu até o final da tarde de segunda-feira passada quando transeuntes descobriram um saco plástico amarrado, jogado em um lote vago, na Rua Dom Sebastião Lima. O que causava suspeitas era o mau cheiro que aumentava a suspeita de que dentro daquele saco estivesse algum animal morto ou até de alguma pessoa. Quando os peritos da Criminalística chegaram ao local e abriram o saco plástico, depararam com o a cena tétrica: era o corpo, putrefato, da criança que era procurada, há dias, em Venda Nova.

Para a polícia a morte de Ana Luíza está sendo investigada como homicídio. Esta certeza se deve a alguns detalhes como o fato de o corpo ter sido encontrado dentro de um saco plástico amarrado. A polícia recolheu alguns pedaços de corda que estavam envolvendo o corpo, reforçando a suspeita de que a menor tenha sido enforcada e sofrido ataque sexual, pois ela estava sem a calcinha que usava quando saiu de casa.

FONTE:PCMG