Hospital Maria Thereza Rennó deve ser reativado após mais de 10 anos fechado

Após mais de uma década fechado, o antigo Hospital Maria Thereza Rennó, em Santa Rita do Sapucaí, caminha para ser reativado. Três grandes operadoras de saúde, de atuação nacional, disputam o controle do complexo, que tem condições de se tornar uma das principais referências da região. A definição do novo gestor deve ser anunciada ainda este ano, e a reabertura é prevista para ocorrer entre três e quatro meses após a assinatura do contrato.

A movimentação só se tornou possível depois que o Fundo Finvest BSO concluiu a regularização da propriedade, encerrando um longo processo jurídico envolvendo o antigo controlador. Para o gestor do fundo, André Pompeu, o interesse do mercado confirma a importância estratégica da unidade:
“Trata-se de um hospital muito bem localizado e preservado, mesmo após dez anos sem operação. Agora, abre-se uma oportunidade concreta de devolver esse equipamento à comunidade”, afirma.

Os grupos interessados já demonstraram disposição para realizar investimentos de grande porte, especialmente na modernização da infraestrutura e na atualização dos equipamentos, que se tornaram obsoletos com o tempo. Pompeu explica que a retomada será em etapas, com novos aportes previstos à medida que o hospital ganhar ritmo de funcionamento.

Com mais de 8 mil metros quadrados de área construída, o complexo dispõe de uma estrutura ampla: laboratório de análises clínicas, setores de diagnóstico, exames cardiológicos, endoscopia, colonoscopia e áreas de suporte terapêutico. A unidade conta ainda com 18 quartos individuais, 12 leitos de UTI geral, sete salas cirúrgicas — incluindo obstetrícia — e 61 leitos de enfermaria, além de setores para atendimento pediátrico e neonatal.

Para o gestor, a demanda reprimida na região reforça a viabilidade da reativação. “Em 60 dias, identificamos três grupos com interesse consistente. Isso mostra que há espaço e necessidade para um equipamento desse porte em operação”, afirma.

O potencial atrativo também está no perfil de Santa Rita do Sapucaí, cidade reconhecida por seu ecossistema de inovação e pela presença de universidades e centros tecnológicos — fatores que ampliam a necessidade de serviços hospitalares. Além do município, o hospital deve atender uma macrorregião estimada em mais de 6,3 milhões de habitantes, englobando o Sul e Sudoeste de Minas, o Vale do Paraíba e o norte de São Paulo.

O Fundo Finvest BSO administra o imóvel desde que o antigo controlador deixou de cumprir obrigações contratuais, fazendo com que o hospital fosse incorporado como garantia. Nesse período, segundo Pompeu, a prioridade foi preservar a estrutura e conduzir o processo de forma transparente.

“O objetivo é entregar um ativo juridicamente organizado e financeiramente saneado, pronto para ser reativado. Assim, o próximo operador poderá focar exclusivamente na modernização e na gestão dos serviços de saúde”, conclui.

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