Uma organização criminosa responsável pela falsificação de medicamentos para uso humano e veterinário foi alvo da segunda fase da Operação Reação Adversa, deflagrada nesta quarta-feira (12) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pelas polícias Civil e Militar. As investigações apontam que o grupo produzia os medicamentos no Sul de Minas e os vendia pela internet para todo o país, a partir do estado de São Paulo.
Ao todo, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão nos municípios de Campo do Meio, Boa Esperança e Campo Belo (MG), além de Ribeirão Preto (SP). Durante a ação, quatro homens foram presos e um adolescente de 17 anos foi apreendido em Campo do Meio.
Nos locais vistoriados, os policiais apreenderam celulares, notebooks, embalagens, medicamentos com indícios de falsificação, máquinas de cartão, além de seringas e munições encontradas em uma das residências.
Segundo o promotor de Justiça Rafael Calil Tannus, os investigados operavam com uma estrutura logística compartilhada e utilizavam contas de comércio eletrônico em nome de terceiros para comercializar os produtos falsificados.
“A venda era feita pela internet, com preços muito abaixo do valor de mercado”, explicou o promotor.
Os medicamentos eram produzidos em Campo do Meio e enviados aos compradores por meio de transportadoras. A perícia realizada na primeira fase da operação, em dezembro de 2024, já havia comprovado a falsificação dos produtos.
Esta é a segunda etapa da Operação Reação Adversa, iniciada em dezembro do ano passado, quando oito pessoas foram presas. De acordo com o MPMG, as investigações mostraram que a atividade criminosa continuou mesmo após a primeira ofensiva.
Na fase inicial, foram identificadas 40 lojas virtuais e a comercialização de cerca de 10 mil medicamentos falsos.
Nesta nova fase, participaram quatro promotores de Justiça e 92 policiais militares, com apoio de um helicóptero da Base Regional de Aviação.



























