Operação da PF desmantela quadrilha que enviou mais de duas toneladas de cocaína para a Europa

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (30) a Operação Papyrus, que teve como alvo uma organização criminosa responsável por enviar mais de duas toneladas de cocaína para a Europa. Foram cumpridos 14 mandados judiciais em cidades de São Paulo e do Sul de Minas Gerais, revelando um esquema sofisticado que contava com a participação de funcionários portuários e caminhoneiros.

PF

Durante as ações, os agentes apreenderam celulares, 4 mil dólares, mais de 2 mil reais e diversos documentos. As diligências ocorreram em Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão (SP), além de Poços de Caldas e Monte Sião (MG). A PF não divulgou detalhes sobre os investigados nem o que foi encontrado em cada local.

Segundo o delegado Rodrigo Perin, chefe da PF em Santos, o grupo utilizava cargas de papel como disfarce para ocultar a droga. “Havia envolvimento direto de funcionários portuários e caminhoneiros na logística do tráfico”, afirmou.

A cocaína era inserida em contêineres destinados a países como Inglaterra, Israel e França. Em apenas uma apreensão, realizada em Londres, as autoridades estrangeiras encontraram 553 quilos da droga.

Esta etapa da operação é um desdobramento das investigações iniciadas em junho de 2024, quando quatro funcionários de empresas portuárias foram presos. As provas colhidas naquela fase levaram à identificação dos novos alvos e à ampliação do inquérito.

Na primeira fase, a PF determinou o bloqueio de R$ 5 milhões em bens dos suspeitos, valor supostamente lavado por meio da compra de imóveis e veículos.

O esquema envolvia o desvio de cofres de carga em Cubatão, de onde o material era levado para um terminal em Guarujá. Lá, a cocaína era escondida entre fardos de papel antes de seguir para o embarque internacional.

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