O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, no último dia 27, habeas corpus para Rodolfo Souza Cardoso e Fábio Cavichia Montanari, ex-diretor geral e diretor financeiro do Hospital de Clínicas de Itajubá.

Eles estão presos como consequência da Operação Transfusão do Ministério Público que revelou um esquema de corrupção no Hospital de Clínicas de Itajubá.

De acordo com o pedido feito pelos advogados, não há motivo para se manter a prisão preventiva dos dois ex-dirigentes do hospital. Segundo a petição, não há fundamentação no pedido de prisão e que os motivos que justificam a prisão não são atuais, ou seja, não estão relacionados a eventos recentes que poderiam justificar a necessidade de mantê-los presos. Eles argumentam que medidas cautelares alternativas seriam suficientes.

A ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do STJ, negou o pedido. Entre os argumentos, está o “risco concreto” dos acusados prejudicarem o andamento da investigação.

O processo diz que algumas testemunhas que depuseram contra o vice-prefeito Nilo Baracho, também réu no caso, foram demitidas do Hospital de Clínicas e têm sofrido represálias na região, devido à influência dos acusados Nilo Baracho, Rodolfo Cardoso e Kleber Lincoln Gomes (presidente da AISI).

De acordo com o processo, a liberdade dos acusados oferece risco para a segurança pública porque eles podem continuar cometendo os crimes descritos. Além disso, há preocupações com a investigação criminal, pois os acusados já agiram de forma prejudicial contra ex-funcionários que testemunharam contra eles. Isso sugere que, se forem libertados, podem influenciar negativamente o testemunho de outras pessoas.

Nenhum dos presos no esquema foi libertado. Entre os acusados na Operação Transfusão está o vice-prefeito e ex-secretário de saúde Nilo Baracho, dirigentes do hospital, empresários, e o ex-secretário de informática e ex-coordenador político da prefeitura, João Paulo Ferreira da Silva.

Rádio Itajubá