Apicultores retiram abelhas que atacaram moradores e animais em Pouso Alegre

Dois apicultores conseguiram retirar na noite desta segunda-feira, 21, as abelhas que atacaram moradores e animais em uma rua do bairro Jatobá, em Pouso Alegre. Os insetos foram levados para um apiário. Segundo moradores, seis cachorros e um gato teriam morrido durante o ataque que ocorreu na manhã do último sábado.

Um dos apicultores que participaram da retirada das abelhas, Altieres Domingues Carneiro, falou com o R24. Ele deu mais detalhes sobre o ataque que ocorreu no bairro, além de descrever o processo de retirada das abelhas.

Altieres, que atua há mais de 30 anos na apicultura, conta que está acostumado a retirar abelhas de casas. Ele alerta que episódios como o que ocorreu no Jatobá têm se tornado cada vez mais frequentes, especialmente por conta do desmatamento, que tem provocado a migração dos insetos para a área urbana das cidades.

Ataque que ocorreu no bairro é evento raro e local da colmeia não era ‘criame’

O apicultor também esclareceu que, ao contrário do que foi dito por alguns moradores, o local em que as abelhas formaram a colmeia não se tratava de um ‘criame’. “Devido aos matos não ter mais onde ela ‘arranchar’ ela arranchou debaixo do telhado [da casa]. [Mas] não criava lá não tá? Lá não é criame não. A abelha, ela simplesmente arranchou numa parte alta do telhado tá que é comum acontecer em Pouso Alegre em outras cidades também”, explica o apicultor.

Apesar disso, Altieres explica que o ataque que ocorreu no bairro é um evento raro, especialmente na proporção em que se deu. Relatos de moradores dão conta da morte de seis cachorros e um gato.

O apicultor foi chamado pelos moradores para retirar as abelhas depois que os bombeiros não teriam conseguido localizar a colmeia. Os militares estiveram no local e orientaram os moradores a ficar em casa. “Os bombeiros foram até o local, mas não avistaram aonde que as abelhas estavam, mas eles fizeram todo o trabalho deles para não ter problema de picar criança. Retiraram duas crianças das casas (…) e levaram elas para um lugar mais seguro. E alertou a população da região que fechasse as casas e não ficasse na rua”, explica Altieres.

Na noite do sábado, o apicultor foi ao local para retirar as abelhas. Ele ainda não conseguiu retirar os insetos naquela ocasião, por conta da falta de segurança para o procedimento, já que elas estavam no alto de um telhado. Ainda assim, ele conseguiu retirar os favos da colmeia.

No domingo, por conta da chuva, novamente não foi possível retirar as abelhas, que, devido à retirada dos favos da casa, deixaram o local e se juntaram em uma árvore próxima.

Apenas na segunda-feira, na companhia de um amigo também apicultor, Altieres conseguiu retirar as abelhas, que foram colocadas em uma caixa e levadas para um apiário.

Mas o que teria provocado o ataque das abelhas? “A gente fica meio sem resposta de dizer por que que essas abelhas atacaram desse jeito. A gente tem a hipótese de que pode ser que elas ‘soltaram enxame’ (quando parte das abelhas residentes na colmeia, juntamente com uma nova rainha, deixam a colônia original para estabelecer uma nova colônia em outro local). E aconteceu de estar o vento forte naquele dia e elas terem espalhado”, propõe o apicultor.

Rede Moinho

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