Academia de Letras completa 34 anos e dá posse a mais uma diretoria

Presidente José Antônio Justino Ribeiro faz um breve histórico das academias pelo mundo e da origem do conceito em Atenas (Grécia)

O presidente da Alca – José Antônio Justino Ribeiro durante seu discurso na sessão solene realizada no último dia 28.

A diretoria da Alca – Academia de Letras, Ciências e Artes de Santa Rita do Sapucaí tomou posse no último dia 28 de setembro para um mandato de dois anos (biênio 2020-2021). Na mesma solenidade a Academia celebrou os 34 anos da entidade, criada em 28 de setembro de 1985 originalmente denominada Academia Santarritense de Letras. Durante a sessão o acadêmico Ronaldo de Azevedo Carvalho (um dos três últimos membros fundadores da entidade em vida) fez uma homenagem a Alca.

A eleição que reconduziu a atual diretoria para mais um mandato aconteceu no último dia 14 de setembro durante sessão ordinária da Academia. Além do presidente José Antônio Justino Ribeiro, foram reeleitos José Cláudio Pereira – vice-presidente, Evandro Carvalho da Silva – primeiro secretário e relações públicas, Mauro Cunha Azevedo Neto – segundo secretário, Ândrea Pedroni Falsarella – primeira tesoureira, Décio de Almeida Azevedo – segundo tesoureiro e Ronaldo de Azevedo Carvalho – orador.

Atenas

A sessão solene de sábado passado foi aberta com uma apresentação ao piano do acadêmico Caio Nelson Vono de Azevedo que executou duas peças. Após o anúncio dos acadêmicos e autoridades presentes, o presidente reeleito José Antônio Justino Ribeiro fez seu discurso de posse também homenageando os 34 anos de história da Alca. Falou da importância da Academia para as artes, cultura e ciência na cidade e na região.

“É com grande orgulho que presido esta sessão para comemorarmos mais um aniversário da nossa Academia de Letras, Ciências e Artes. O trigésimo quarto ano de sua fundação é um marco importante para a cultura, para as artes e para a ciência de toda a nossa região. Demonstra que há mais de um terço de século a Academia mantém suas atividades, um importante acontecimento para uma organização que não fora muito acreditada por algumas pessoas naqueles difíceis dias de sua fundação”, disse o presidente.

Justino Ribeiro também versou sobre a origem das academias, do termo “academia” e lembrou o filósofo Platão, da tradição clássica deixada pelos gregos.

“Dizem que Academus teria sido sepultado nas proximidades do cemitério de Atenas, local em que se plantou um pequeno e silencioso bosque de oliveiras. Segundo a história, Platão queria estabelecer-se em um local que lhe permitisse difundir os seus ensinamentos, o que não era permitido pelas severas leis da época. A solução que encontraram foi erguer um pequeno altar para homenagear Atena, a deusa da Sabedoria, para honrar Eros, o deus do amor, e para cultuar as Musas, as nove filhas de Zeus, divinas inspiradoras do conhecimento científico e artístico. Ali, neste tranquilo bosque, Platão passou a divulgar as suas doutrinas, a sua sabedoria, suas ideias sobre a filosofia a até mesmo suas polêmicas opiniões sobre a política e a democracia. Pelo local escolhido e para homenagear o herói grego, escolheu o nome de ‘Academia’ para o seu espaço de difusão filosófica”, explicou o presidente reeleito.

Pioneiros

Após o discurso do presidente José Antônio Justino Ribeiro, o acadêmico Ronaldo Carvalho fez seu discurso na qualidade de membro fundador da Academia e de orador oficial da Entidade. Ele lembrou dos esforços das mulheres do Clube Feminino da Amizade (deste Clube saiu a ideia de se criar uma academia de letras na cidade) e fez questão de citar os 30 acadêmicos ou “cobaias ou pioneiros, dependendo do ponto de vista” que estiveram na primeira reunião da Academia em 1985 realizada esta que foi no Auditório Mafalda de Marco Almeida na Prefeitura Municipal.

“Nestes 34 anos, a nossa academia se mantém ativa e atuante, realizando reuniões solenes de homenagens a pessoas e entidades, criou o Concurso Literário Edméa Carvalho, o Painel de Literatura, o Cinema Alca, o Círculo de Ideias e o Prêmio/Incentivo Superação Através da Arte, onde premiamos pessoas que superaram suas deficiências físicas ou mentais através da pintura, da dança. Além disso, a Alca realiza lançamentos de livros e exposições de artistas plásticos, tornando-se, portanto, um espaço privilegiado para incentivar todas as atividades, transformando Santa Rita do Sapucaí em uma importante referência também na esfera cultural”, comentou Carvalho.

Ao final da fala do orador oficial, a sessão foi aberta para a palavra franca. O vice-presidente José Cláudio Pereira falou da importância da Academia para difusão do conhecimento e da cultura. O secretário Evandro Carvalho da Silva comentou sobre a satisfação de trabalhar para que os eventos da Alca aconteçam e também de trabalhar, com igual satisfação, com o presidente Justino Ribeiro. O acadêmico Décio de Almeida Azevedo parabenizou a Alca pelos seus 34 anos.

Novo acadêmico

Além da eleição da diretoria, a sessão ordinária do dia 18 de setembro também aprovou a entrada de um novo acadêmico. O engenheiro José Wagner Cabral de Azevedo foi aprovado por unanimidade e vai ocupar a cadeira número 55 do quadro de membros correspondentes, cujo patrono é Newton Meyer Azevedo. Fizeram a indicação do engenheiro, os acadêmicos Caio Nelson Vono de Azevedo, Maria Helena Brusamolin, Mauro Cunha Azevedo Neto e Nídia Sancho Telles Rodrigues. A cerimônia de posse do novo acadêmico será este ano com data ainda a ser marcada.

Texto e foto: Evandro Carvalho, acadêmico e jornalista

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