Há dois meses a Prefeitura de Pouso Alegre extinguiu a Guarda Municipal com o objetivo de economia e anunciou a contratação de uma empresa particular para gerenciar o serviço.
Porém, o Sindicato dos Servidores aponta que o valor da empresa contratada supera o valor gasto quando a segurança dos prédios públicos era feita com guardas municipais.
“Quando este projeto foi enviado para a Câmara ele foi baseado na economicidade e que não haveria prejuízo aos trabalhadores. Agora, com a realização da licitação e com o pagamento dos salários do servidores, podemos verificar que o prejuízo é enorme”, disse o presidente do Sindicato dos Servidores, Leon Camargo.
O valor total da empresa que venceu a licitação é de R$ 16.054.591,20 para um contrato de 12 meses. A empresa deve ter 250 funcionários e começar os serviços na semana que vem.
Redução de salários
Após o fim da Guarda, os agentes municipais foram remanejados para outros serviços na cidade, mas eles reclamam que perderam 40% dos vencimentos porque antes tinham adicional noturno, horas extras e demais benefícios.
O que diz a Prefeitura
A Prefeitura de Pouso Alegre aponta que os funcionários terceirizados serão capacitados para o uso de armas. A administração aponta ainda que a carga horária guardas municipais era de 6 horas por dia, mas os vigilantes terceirizados terão carga horária de 24 horas dia ou 12 horas dia. A Prefeitura aponta ainda que o valor de R$ 16 milhões é o valor máximo, mas que não necessariamente este valor será atingido ao final do contrato.
Outra questão apontada pela administração é que com os guardas municipais a Prefeitura tinha os gastos previdenciários, o que não ocorrerá com a empresa terceirizada.
Sobre a redução dos salários dos guardas remanejados, a Prefeitura diz que a diferença se refere a horas extras e que elas não são incorporados aos salários.
G1 Sul de Minas
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