Em Poços de Caldas, um homem suspeito de vender um medicamento usado para aborto está preso. Segundo as investigações, ele fazia as vendas pelos Correios. Pelo menos 20 mulheres de quatro estados diferentes compraram os comprimidos.
O suspeito, de 47 anos, foi preso no Centro de Poços de Caldas. Com ele a polícia encontrou quatro comprimidos de um medicamento abortivo, que não tem registro na Anvisa e é proibido no país.
“Segundo essas informações iniciais que a gente vai ainda aprofundar, ele fala que ele mesmo buscava esse medicamento no Paraguai, mas a informação que ele nos deu por exemplo da última compra, seria de aproximadamente 350 comprimidos”, disse o delegado Cleyson Brene.
De acordo com as investigações, o suspeito colocava os comprimidos em envelopes bancários e depois os despachava pelos Correios.
“A partir da investigação que vai ser feita por cada local onde houve a prática comprovada dessa infração penal, vai ser comprovada a materialidade delitiva e elas podem responder por esse crime de auto-aborto”, disse o delegado regional Gustavo Henrique Manzoli.
O homem anunciava a venda pela internet. Depois, toda a negociação era feita por mensagens. Nelas, ele dizia que a mulher sentiria calafrios, cólicas, febre e talvez diarreia e sangramento. Ele alertava a cliente a prestar atenção no sangramento e pedia fotos para comprovar se o procedimento deu certo.
“Até o momento essa análise preliminar que nós fizemos de ontem até hoje, nós identificamos de 15 a 20 abortos com essa identificação da fotografia mostrando o feto”, disse Cleyson Brene.
Até o momento, a polícia ainda não identificou nenhuma vítima de Poços de Caldas. O suspeito pode responder por tráfico de drogas e por crimes de aborto.
“Sem sombra de dúvida ele vai ser investigado também sobre os crimes de aborto, sejam eles ocorridos aqui na cidade de Poços de Caldas e região como em todas as localidades do Brasil”, completou o delegado.


























