Campanha tenta encontrar doador de medula óssea para mecânico em Alfenas

Um mecânico que desde 2015 luta contra a leucemia perdeu a chance de receber o transplante de doadores devido ao cadastro desatualizado do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, o Redome. Com a notícia, a família do mecânico, que é de Alfenas, se mobilizou e fez uma campanha junto ao Hemocentro de Poços de Caldas para conseguir novos cadastros no Redome. Para se ter uma ideia, a chance de encontrar alguém compatível é de uma em 100 mil.

A descoberta da doença aconteceu depois que o mecânico machucou a boca na praia, comendo um camarão. A ferida, que era simples, não sarava. Depois de alguns exames, ele recebeu o diagnóstico que estava com leucemia mieloide aguda.

“Nossa, o sonho desmorona, você pensa que não tem recurso. Mas depois Deus vai dando muita força pra gente”, disse o mecânico Alexandre Pereira.

O tratamento com quimioterapia começou no ano seguinte. Ele ficou bom, mas agora, há seis meses, nos exames de rotina, descobriu que a doença tinha voltado. E dessa vez, só o tratamento não seria suficiente.

“Aí agora eu tenho que fazer essas quimio pra ela não voltar mais rápido, igual voltou da primeira vez e fazer o transplante agora, só o transplante mesmo para salvar”, completou o mecânico.
Três possíveis doadores foram identificados, mas segundo o hemocentro, os cadastros dos três estão desatualizados e eles não foram encontrados.

“O INCA está tentando entrar em contato com esses doadores e não consegue por falta de atualização de dados. Então quando a pessoa faz o cadastro, ela sempre deixa três telefones, endereço, e-mail, foi entrado em contato com email, com endereço, com os três telefones e tudo modificou e a pessoa não fez uma atualização do cadastro dela”, disse a coordenadora do Hemocentro de Poços de Caldas, Cibele Angélica de Souza Spina.

Na primeira campanha, em menos de duas horas, a família conseguiu quase 300 novos cadastros. Agora, todos se mobilizam para uma nova tentativa.

“Não só o Alexandre, mas tem vários pacientes que estão precisando, não só aqui em Minas, mas vai servir para o Brasil inteiro”, disse a esposa de Alexandre, Carla Mazela.

G1 Sul de Minas

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