A Alca – Academia de Letras, Ciências e Artes de Santa Rita do Sapucaí celebrou neste sábado(29) seus 33 anos de fundação. E como já é de praxe, abre espaço para o lançamento de um livro. A obra em questão conta a história e a genealogia de três importantes famílias de Santa Rita do Sapucaí  e foi escrita pelos acadêmicos Mauro Cunha Azevedo Neto e Nidia Sancho Telles Rodrigues e pelo pesquisador e engenheiro João Batista de Azevedo Jr. “Major José Feliciano e Urbana Carolina – Genealogia, Estórias e Reminiscências” será apresentado pelos três autores durante a sessão solene e poderão ser adquiridos durante a sessão de autógrafos.

Os autores Mauro Cunha Azevedo Neto, Nidia Telles e João Batista de Azevedo Jr. (Foto: Divulgação).

A Alca foi fundada em 28 de setembro de 1985, idealizada pela escritora e educadora Edméa Sodré de Azevedo Carvalho. Chamava-se “Academia Santarritense de Letras” e tinha em seu quadro original 30 acadêmicos. Em 2005 ganhou uma nova estrutura, com 40 cadeiras para membros efetivos e outras 20 para membros correspondentes. Passou a aceitar também, além dos escritores, demais artistas e nomes ligados à ciência. O atual presidente da entidade é o acadêmico José Antônio Justino Ribeiro. Um dos decanos e fundadores da Academia é o acadêmico Décio de Almeida Azevedo. A mais nova confreira é justamente Nidia Telles, que tomou posse há pouco mais de um mês.

O Livro a ser lançado pelos autores é fruto de esforços conjuntos de descendentes de um casal que muito contribuiu para o desenvolvimento de Santa Rita. A obra traz a genealogia, a história, as estórias e as lembranças de três grandes famílias entrelaçadas – Marques, Azevedo e Telles – ramo que se instalou em Santa Rita por volta de 1831. O livro é fruto de pesquisas, tanto no campo histórico como genealógico, remonta a chegada das três Ilhoas, três irmãs açorianas que imigraram para o Brasil por volta de 1723, fixaram residência em Minas Gerais e se tornaram troncos de antigas, tradicionais e importantes famílias. O Livro também aborda personagens empreendedores que fizeram história na cidade, sendo no campo do empreendedorismo, política, defesa da pátria (Segunda Guerra Mundial), poetas, todos descendentes do casal tronco que dá nome ao Livro.

Realidade viva

Um dos autores, Mauro Cunha Azevedo Jr., comenta a importância da Alca para Santa Rita do Sapucaí e da satisfação de fazer parte dos quadros da entidade. “A Alca representa hoje uma realidade viva em nossa comunidade, representa não só a unidade da língua portuguesa, nossos laços culturais com Portugal, representa nossas raízes. A Alca é um fórum aberto para discussões não só no campo da literatura propriamente dita, mas também do resgate de nossas tradições hoje tão deixadas de lado. Tenho orgulho em pertencer aos seus quadros de acadêmicos”, comenta o acadêmico.

O presidente da Academia, José Antônio Justino Ribeiro, fala sobre a importância daqueles que idealizaram a Academia e faz um comentário sobre o livro. “O primeiro sentimento que se sobressai nesta data tão importante do aniversário é o de uma imensa gratidão aos seus fundadores. A criação da Alca concretizou um conjunto de sonhos e ideias e só foi possível graças à força, o empenho e a fé de seus pioneiros. No dia 29 de setembro, a Alca patrocinará o lançamento do livro Major José Feliciano e Urbana Carolina: genealogia, estórias e reminiscências. Trata-se de uma exaustiva pesquisa histórica. Os autores buscaram documentos, levantaram registros de antiquíssimos fatos e de tradições orais sobre essas destacadas personalidades de Santa Rita do Sapucaí. Tomaram como pontos de partida as suas origens na Europa, em uma complexa caminhada ao longo de mais de 300 anos. Trata-se de uma obra que aborda vários aspectos envolvidos na formação de muitas comunidades mineiras”, diz o presidente.

Pauta

Além do lançamento do livro, o acadêmico José Geraldo de Souza fará um discurso em homenagem à Alca. O acadêmico Caio Nelson Vono de Azevedo fará uma apresentação ao piano. A sessão solene acontece neste sábado (29) às 19h no Auditório Aureliano Chaves, no Inatel – Instituto Nacional de Telecomunicações.       

Texto: Evandro Carvalho, secretário acadêmico e jornalista.