A primeira sessão solene da Alca – Academia de Letras, Ciências e Artes de Santa Rita do Sapucaí em 2018 foi muito especial. Na ocasião tomaram posse quatro novos acadêmicos que se juntam aos outros 35 ocupantes das 40 cadeiras disponíveis. Ingressaram na Academia a professora e escritora Maria Helena Brusamolin, o teatrólogo Janilton Prado, o professor Vladas Urbanavicius Jr. e o jornalista Humberto Santos Azevedo. A sessão aconteceu no último dia 03 de março (sábado) às 19h no Auditório Aureliano Chaves no Inatel – Instituto Nacional de Telecomunicações.

A sessão foi aberta pelo presidente da Alca, José Antônio Justino Ribeiro, que em linhas gerais deu as boas vindas aos novos acadêmicos. Justino salientou os valores que os novos membros trarão, cada qual dentro de suas áreas de atuação, ao corpo de acadêmicos e às atividades que a Academia realiza durante o ano em seu calendário. O presidente também lembrou o quanto é importante a manutenção dos membros da Alca, caminhando esta para 33 anos de fundação, para que a Academia continue atuante e presente em Santa Rita do Sapucaí. Antes do discurso de abertura foi respeitado um minuto de silêncio em memória da mãe de Marcelo de Oliveira Marques – diretor do Inatel (instituição parceira da Alca), que faleceu naquela data.

À partir da esquerda, o novo acadêmico Vladas Urbanavicius Jr. – cadeira no 39, o Sr. Antônio Leonel de Azevedo (pai do novo acadêmico Humberto Santos Azevedo – cadeira no 59), e os também novos acadêmicos Maria Helena Brusamolin – cadeira no 02 e Janilton Prado – cadeira no 36. A Alca – Academia de Letras, Ciências e Artes de Santa Rita do Sapucaí passa a ter 39 cadeiras ocupadas num total de 40 no quadro de membros efetivos.
(Foto: Ériton Queles/Alca).

A primeira a tomar posse de sua cadeira foi Maria Helena Brusamolin, foi apresentada pelo acadêmico Caio Nelson Vono de Azevedo. Maria Helena está ocupando a cadeira de n.o 02, cujo patrono é José Otaviano de Azevedo. Maria Helena discorreu sobre seu interesse por literatura e de seu primeiro livro, uma biografia de um ex-jogador de futebol, pai de sua cunhada. Também falou do livro de crônicas que escreveu sobre sua mãe, lançado recentemente. A nova confreira lamentou o fato de que a juventude tem lido tão pouco. “[…] constato que os jovens estão perdendo emoções, sentimentos, conhecimento, cultura e todo o prazer que uma boa leitura proporciona”. Ao final homenageou o patrono de sua cadeira, fazendo um resumo de sua história.

O novo confrade Janilton Prado foi apresentado pela acadêmica Vera Lúcia Martinez Grilo. Profundamente ligada à música e a dança, Vera Lúcia falou sobre o talento de Janilton enquanto dramaturgo e teatrólogo e de sua trajetória, inclusive a profissional, sempre pelo caminho das artes. Janilton Prado está ocupando a cadeira n.o 36, do patrono Joaquim João de Abreu. Em seu discurso, falou da importância das artes e das manifestações artísticas para Santa Rita do Sapucaí, além de também homenagear o patrono de sua cadeira, um conhecido e virtuoso maestro da cidade.

O acadêmico Mauro Cunha Azevedo Neto fez a apresentação do professor Vladas Urbanavicius Jr. Mauro falou sobre o talento do novo acadêmico no ramo da educação, onde é gestor de uma instituição de ensino superior privada. O novo confrade está ocupando a cadeira n.o 39, da patronesse Aracy dos Santos. Vladas iniciou seu discurso agradecendo os acadêmicos Mauro Cunha e Elias Kallás, que fizeram sua indicação. Falou sobre sua atuação profissional em Itajubá, mas salientou o fato de residir em Santa Rita – “cidade que me enche de orgulho a qual sinto um ambiente familiar”. Vladas também homenageou a poetisa Aracy dos Santos e encerrou seu discurso lembrando-se do próprio pai, que por muitos anos conduziu o Restaurante Bife de Ouro, que marcou época na cidade.

O acadêmico Evandro Carvalho apresentou o jornalista Humberto Santos Azevedo. Humberto está ocupando a cadeira n.o 59 do quadro de membros correspondentes (residente que é em Brasília/DF) da patronesse Maria José Carvalho Viana. Representando o novo acadêmico, esteve presente o Sr. Antônio Leonel de Azevedo, pai do acadêmico que leu o discurso do filho. Humberto se lembrou da ocasião da fundação da Alca, do Clube Feminino da Amizade e da época – para ele, distinta da atual. “Os ventos que, à época, sopravam, traziam consigo uma enorme esperança de que o Brasil finalmente caminhava rumo à modernidade. Assim um grupo de intelectuais da cidade, tendo à frente os irmãos Décio de Almeida Azevedo e Dona Edméa Sodré de Azevedo Carvalho, uniram-se em volta do que mais gostavam – a leitura – e assim fundaram com outras 31 pessoas a hoje conhecida Alca, inspirada na já existente experiência exitosa do Clube Feminino da Amizade”. Humberto também homenageou sua patronesse e agradeceu a todos pela acolhida.

Todos os acadêmicos receberam seus diplomas e insígnias, após o juramento da Academia que proferiram. O presidente José Antônio Justino Ribeiro encerrou a sessão solene após uma apresentação ao piano pelo acadêmico Caio Nelson Vono de Azevedo.