Corpo de Bombeiros comemora os 23 anos das primeiras mulheres na corporação

O 1º dia do mês de dezembro de 1993 marca uma data histórica para o Corpo de Bombeiros. A data marca o ingresso das primeiras bombeiros militares que completam hoje 23 anos na corporação.

A conquista começou com a Lei 11.099 de 18 de maio de 1993, com a criação do Corpo Feminino do Corpo de Bombeiros, que à época pertencia à Polícia Militar. No mês de dezembro, a oportunidade surgiu com a oferta do primeiro curso de formação de mulheres soldados. Um desafio para a corporação e também para as pioneiras que formaram a turma 113.

As 80 aprovadas no primeiro concurso, 5% do efetivo, se apresentaram no 1º batalhão de Bombeiros, na rua Piauí, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Alguns anos depois, uma mudança na lei dobrou esse percentual, que permanece atualmente.

A “novidade” gerou reações diversas nos quartéis, ambiente completamente masculino. Até mesmo alojamentos, fardamentos e equipamentos tiveram que ser adaptados às características femininas. Dificuldades que gradativamente foram superadas e incorporadas à rotina da corporação.

Durante o curso, mulheres de todas as partes do Estado se depararam com uma nova rotina que incluía disciplinas como combate a incêndio, salvamento terrestre, em altura, mergulho, educação física e técnica policial militar, além de acampamentos militares, travessias em lagoas, exercícios com armas e outras atividades que as fizeram entender o significado das palavras superação e espírito de equipe.
Etapa vencida com dificuldades, mas muita determinação.

Dessa primeira turma, no dia 2 de setembro formaram-se 67 guerreiras que inauguraram um novo capítulo na história do Corpo de Bombeiros e abriram espaço para novas oportunidades profissionais e para mudanças de muitos paradigmas. A segunda turma só entrou nove anos depois, em 2002, quando foi realizado um novo concurso, dessa vez, para ambos os sexos, com 10% das vagas destinadas ao Corpo Feminino.

Ao longo da carreira, as “Soldados do Fogo” conquistaram alguns espaços e direitos. Elas são combatentes, apagam incêndios, resgatam pessoas e desempenham diversas atividades reafirmando sua capacidade independentemente do gênero e consolidando em cenário mundial que não poderia ser diferente no Corpo de Bombeiros, ao mostrar que a suposta fragilidade não interfere no desempenho da profissão. Uma batalha iniciada pelas 67 pioneiras mas que ganha novos números atualmente. Hoje, elas somam 527 militares, sendo 433 Praças (Subtenentes, Sargentos, Cabos e Soldados); 84 oficiais e 10 em cursos de formação para, em breve, alcançarem o posto de Oficial.marquinhos ofere

Esta entrada foi publicada em Noticias de Minas Gerais. Adicione o link permanente aos seus favoritos.

Deixe um comentário