Bombeiros continuam ações de resposta a desastres nos distritos de Nicolândia e Bom Pastor

Sete dias após chuvas intensas terem atingido a região de Resplendor, no Vale do Rio Doce, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) continua as ações de resposta ao desastre que atingiu os distritos de Nicolândia e Bom Pastor.

A operação se concentra na busca a uma pessoa ainda desaparecida e nas ações de apoio aos municípios atingidos pela catástrofe.5

Nesta quinta-feira (25), uma equipe de 18 bombeiros, com apoio do Pelotão de Busca e Salvamento com cães do Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (BEMAD) realizam buscas no perímetro urbano das duas localidades e ao longo do rio. “Nossas equipes continuam o pronto emprego”, explica o comandante do 6º Batalhão de Bombeiros Militar (6º BBM), Major Fernando Augusto, responsável pelo gerenciamento das operações de Bombeiros no local.A atuação do Corpo de Bombeiros começou na noite da última sexta-feira(18), por meio do 6° BBM, com sede em Governador Valadares, quando foi deflagrada a operação. Nos primeiros momentos, as guarnições tiveram o apoio do helicóptero Arcanjo, do Batalhão de Operações Aéreas, para o transporte até o distrito de Nicolândia, o mais afetado pelo desastre. O objetivo era prestar o atendimento imediato à população atingida.No sábado (19/11) integrantes do Gabinete Militar do Governador e da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (GMG/Cedec) conduzidos pelo helicóptero Pégasus do Batalhão de Radiopatrulhamento Aéreo da Polícia Militar de Minas Gerais iniciaram o apoio complementar ao município e instalação imediata do Sistema de Comando em Operações (SCO) para estabelecimento de ações coordenadas de socorro, assistência humanitária à população e restabelecimento de funções básicas da localidade.O GMG/Cedec é composto por técnicos do Corpo de Bombeiros Militar, da Polícia Militar e por servidores civis e é responsável pela coordenação do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil que adota o SCO como ferramenta gerencial em desastres como o ocorrido em Resplendor. A ferramenta também foi adotada na operação do rompimento de uma barragem em Mariana, no ano passado.Para o Major Fernando, a instalação do SCO garantiu a agilidade em todo o processo. “ Possibilitou a rápida tomada de decisões para a realização de atividades de levantamento do cenário assolado pelo desastre, ações de busca e salvamento por desaparecidos e definição de prioridades nos atendimentos de assistência humanitária à população atingida, além do restabelecimento dos serviços essenciais à comunidade”, afirma.4

A prioridade inicial era firmar ações coordenadas dos órgãos estaduais presentes, especialmente a PMMG e CBMMG, com o município de Resplendor e a comunidade. “ A intenção era realizar a conferência de toda a população atingida e estabelecer o socorro e a assistência humanitária”, explica o diretor de Controle de Emergências do GMG/Cedec, Tenente BM Sandro Brágio. “ Muitas regiões tiveram seus acessos obstruídos e o único meio de prestar esse serviço com a celeridade que a comunidade necessitava era com o uso de aeronaves.3

O Pégasus 10 e sua equipe permaneceram entre os dias 19 a 23 prestando essa atividade de apoio à população na entrega de alimentos, remédios e água, por exemplo”, exemplificou.2

Segundo o Tenente Brágio, as ações de recuperação no município serão desenvolvidas com o apoio complementar do Estado e da União, conforme o caso.Segundo dados do IBGE, o município de Resplendor possui 17,6 mil habitantes e quase 10% da população foi afetada pelo desastre. Informações constantes do Sistema Integrado de Informações Sobre Desastres (S2ID) dão conta de que, até esta quarta-feira(24), o desastre natural em Resplendor havia destruído 42 casas, danificado uma Unidade de Saúde e 73 casas. Ficaram feridas 14 pessoas, 278 desabrigadas ou desalojadas e quatro mortas. Os prejuízos e danos direto estão estimados em mais de R$ 6,1 milhões.1

Parceria no Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil: Integração cada vez mais forte

O CBMMG é um dos órgãos integrantes do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil e adota as ações estatais previstas no programa Minas Mais Resiliente. O programa tem por objetivo tornar o Estado resiliente a desastres, ou seja, com capacidade de suportar, absorver e se recuperar de forma eficiente dos efeitos de um desastre, e de maneira organizada, prevenir que vidas e bens sejam perdidos. A ideia é promover o envolvimento dos municípios via fomento do Estado.Dentre as ações do Minas Mais Resiliente, estão previstas aquisições de recursos logísticos para utilização nas atividades de Proteção e Defesa Civil desenvolvidas pelo CBMMG. Somente em 2016, foram destinados pelo programa mais de R$ 2,8 milhões.O programa ainda conta com outras parcerias em curso, como por exemplo, a hospedagem em servidor de informática do CBMMG das futuras Capacitações de Ensino a Distância do GMG/Cedec, destinadas aos municípios e órgãos integrantes do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC).

A ação potencializará as capacitações já realizadas presencialmente e será grande relevância para a consecução dos objetivos do Minas Mais Resiliente. Atualmente, as capacitações destinadas às Coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa Civil e integrantes do SINPDEC consistem nos Cursos Básicos de Proteção e Defesa Civil e Sistema de Comando em Operações.Oferecimento academia

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