Eduardo Calixto conta com a ajuda da população para arcar com os treinamentos
O dia de Eduardo Calixto, de 46 anos, começa cedo em Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas Gerais.
Por volta de 5h30, ele já está de pé, pronto para calçar o tênis e desbravar as ruas da cidade. Ele chega a correr 10 km pela manhã para manter o condicionamento físico.
Parece muito, mas é quase nada para o ex-servente de pedreiro que se transformou em tricampeão de uma ultramaratona de 217 km.
Há 15 anos, a vida de Calixto era completamente diferente: levantava cedo para trabalhar duro na roça e sobreviva do que ganhava trabalhando em um cafezal. Um dia, a irmã sugeriu que ele adotasse a corrida como exercício, porque tinha ouvido falar que era bom para a saúde. Ele acatou a ideia e, em pouco tempo, estava correndo mais do que jamais imaginou.
Quando se mudou para a cidade para trabalhar no setor de construção, foi incentivado pelos conhecidos a investir na carreira de corredor. Mesmo sem qualquer estrutura ou patrocínio, ele garantiu o segundo lugar na primeira maratona, de 65 km.
— Deus coloca pessoas muito boas no meu caminho que me ajudam. As pessoas da cidade fazem vaquinha, algumas se juntaram para me dar um bom tênis. Cheguei a ter patrocínio, mas perdi depois que a empresa mudou de diretoria.
Nem mesmo a falta de recursos é suficiente para impedir Calixto de seguir em frente com a corrida. Durante a semana, ele faz percursos menores e fortalece os músculos na academia. Já aos finais de semana, os treinos são mais intensos: no domingo, ele chega a correr de 25 a 30 km. A rotina é puxada: além dos exercícios, ele atualmente trabalha como jardineiro da prefeitura para se manter.
Fonte: Portal R7


























