O jornal O Vale da Eletrônica publicou no último dia 10 sua edição 1.000. Para um jornal de interior, inserido num contexto de um município com cerca de 40 mil habitantes, um feito. Criado há 43 anos para ser apenas um jornal estudantil, sem maiores pretensões, o então “Curiango dos Trópicos” acabou por se tornar a grande realização de seu fundador – o jornalista e administrador de empresas Rubens Francisco de Carvalho. O Vale da Eletrônica atravessou estas quatro décadas testemunhando as grandes mudanças, sobretudo econômicas, do município. Um jornal que noticiou também o nascimento e os eventos da Alca – Academia de Letras, Ciências e Artes de Santa Rita do Sapucaí.
A Alca presta no sábado que vem (24) uma homenagem ao jornal O Vale da Eletrônica. Ao longo dos 30 anos da Academia, recém completados no último dia 28 de setembro, o Vale da Eletrônica sempre esteve presente em sua história. O jornal publicou poemas, textos, discursos e homenagens dos acadêmicos, além é claro das notícias dos eventos da Entidade. Rubens Carvalho também fez parte do grupo fundador da então Academia Santarritense de Letras e alguns acadêmicos tiveram colunas fixas no jornal a exemplo da jornalista Jandyra Adami Neves de Carvalho com a coluna “Fala Beagá”. O atual diretor do jornal, Ely Kallás, também é acadêmico. O Vale da Eletrônica e Alca são parceiros de longa data.

O presidente Alca em 2012, Victor Hugo Neira Muñoz, durante homenagem ao acadêmico e
jornalista Rubens Francisco de Carvalho. (Foto: Arquivo Alca).
Para o acadêmico Evandro Carvalho, que ocupa atualmente a presidência da Alca, o jornal O Vale da Eletrônica é um marco na história recente da cidade. “Fazer jornalismo no interior já é algo muito difícil, manter um periódico então, com publicações regulares, nem se fala. Veicular 1.000 edições é quase uma façanha – jornais e revistas nascem e morrem todos os dias e a grande maioria das publicações tem vida curta. Com a internet e as novas mídias essa volatividade aumentou sensivelmente. O Vale da Eletrônica resistiu às mudanças mantendo uma receita modesta, mas uma receita que o manteve vivo nestes anos todos, publicando, é verdade, informes oficiosos em boa parte de seu discurso, mas nem por isso se omitindo do ofício de narrar a história in loco e no momento exato em que ela acontece – que a rigor é a função do jornalismo impresso. A identidade do chamado “Vale da Eletrônica” deve muito ao jornal, o seu grande defensor e testemunha”, argumenta Carvalho.
O evento de homenagem ao jornal acontece no próximo sábado, às 19h, no Auditório Aureliano Chaves no Inatel – Instituto Nacional de Telecomunicações. É aberto ao público e a entrada é franca.

























