Setor de ferroligas e de silício metálico de Minas à beira do caos por causa de privilégios concedidos ao Nordeste

Deputados liderados por Arantes se unem para pedir igualdade de tratamento

O deputado Antônio Carlos Arantes (PSDB) liderou ontem (26) uma reunião emergencial com representantes da Associação Brasileira dos Produtores de Ferroligas e de Silício Metálico (Abrafe). Participaram os deputados Celinho do Sinttrocel (PC do B), Gil Pereira (PP), Gustavo Corrêa (PSDB), Glaycon Franco (PTN), Fabiano Tolentino (PPS), Isauro Calais (PMN), Professor Neivaldo (PT) e Tiago Ulisses (PV), além do diretor da Abrafe, Geraldo Eliazar, e do diretor comercial da Companhia Minasligas, Felipe Zica.

O encontro teve como finalidade discutir a crise no setor, que está com 90% das fábricas paradas no Estado por falta de energia elétrica a preços competitivos. A crise é resultado da Medida Provisória (MP) 677/15, assinada pela presidente Dilma, que, entre outras coisas, concede privilégios às fábricas do Nordeste do país para a compra de energia barata, em detrimento das de Minas Gerais. A compra de energia elétrica representa de 40% a 65% dos custos de produção. Sem desempenho competitivo para produzir para o mercado interno e ameaçado pela concorrência internacional, as indústrias estão demitindo em massa. O setor emprega 80 mil pessoas no Brasil, sendo 50 mil em Minas, que responde por mais de 70% da produção nacional.1

De acordo com Geraldo Eliazar, o setor está a beira do colapso. “Precisamos do apoio da Assembleia Legislativa e do Governo do Estado. Não queremos benefícios. Tudo que queremos é isonomia com o Nordeste”, garantiu Eliazar.

Para o deputado Antônio Carlos Arantes, a situação é gravíssima. “O governo federal quer punir Minas Gerais pela falta de energia no País. O setor de ferroligas e de silício metálico emprega muita gente em Minas, direta e indiretamente. Se nada for feito, vai todo mundo pra rua. Além de empregos, Minas também vai perder 1 bilhão e 400 milhões de impostos por ano. O Governador do Estado tem que mostrar força e defender os interesses de Minas. E tem que ser agora”, concluiu.

Deputados se unem para enfrentar crise no setor

Preocupados com a situação, os 77 deputados da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) assinaram uma moção (proposta) dirigida ao governador Fernando Pimentel, em favor de Minas Gerais e do setor. “Pleiteamos imediata ação governamental e política junto à Presidência da República, ao Ministério de Minas e Energia, além das lideranças políticas no Congresso Nacional, que poderão ecoar este sentimento de repúdio por deixar Minas Gerais não ser contemplada com medida que daria força e fôlego de retomada na produção para enfrentar a crise, em especial do setor”, diz um trecho.

Na moção, os deputados requerem para Minas a extensão dos efeitos da MP 677/15, dando ao nosso Estado as mesmas condições dadas às indústrias do Nordeste. “O setor é a base de uma cadeia produtiva de alto valor agregado no Brasil. Exporta o equivalente a R$ 4,5 bilhões, sendo Minas Gerais responsável por R$ 3,7 bilhões do total”, lembrou Felipe Zica, da Minasligas.

Ao final da reunião, a moção foi entregue ao presidente da ALMG, Adalclever Lopes (PMDB), que ficou encaminhá-la ao governador do Estado.oferecimento cons odontológico

 

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