Empresários pedem apoio contra a crise para recuperar a competitividade no mercado nacional
O presidente da Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Antônio Carlos Arantes (PSDB), foi escolhido para liderar o relançamento da Frente Parlamentar de Proteção do Setor Sucroenergético. A escolha foi deita durante a 7ª Canacampo Techshow, em Campo Florido (Triângulo Mineiro), que contou com as presenças do ex-governador Alberto Pinto Coelho, dos deputados Tony Carlos (PMDB), vice-presidente da Frente, Arnaldo Silva(PR), Antônio Lerin (PSB), Felipe Attiê (PP), Gil Pereira (PP) e Leonídio Bouças (PMDB), e dos principais empresários do setor de Minas e do Brasil.
A reunião aconteceu a pedido do próprio deputado Arantes. “Minas Gerais tem o etanol como trunfo e tem a agropecuária que sustenta a balança comercial do País. A redução do ICMS sobre o etanol – de 19% para 14% – feita pelo governo passado, durante a gestão do governador Alberto Pinto Coelho, favoreceu o setor sucroenergético. Agora precisamos, entre outras coisas, baratear os fertilizantes para valorizar a produção de cana e de grãos, e só vamos conseguir isso se Governo do Estado garantir a construção da fábrica de amônia em Uberaba, que a Petrobras ameaça deixar de lado. Isso, depois de já ter gasto mais de um bilhão de reais. Querem abandonar uma fábrica que produziria exatamente fertilizantes, produtos que o setor importa a preços caríssimos”, denunciou Arantes.
Mobilização do setor sucroenergético
O presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool (Siamig), Mário Campos, afirmou que o segmento sucroenergético passa por um momento delicado, apesar de estar com o maior nível de produção da história. Segundo ele, o setor é estratégico para a recuperação econômica do País, tanto que, no ano passado, o consumo mensal de etanol passou de 50 milhões para 160 milhões de litros em Minas Gerais. “Essa conquista se deu, também, por causa da redução do ICMS”, admite. Mas, de acordo com ele, “a manutenção dos preços dos combustíveis em 2014, por razões eleitorais, endividou o setor, porque o preço do petróleo estava alto e a produção mais onerosa”. Mário Campos considera ainda que o endividamento dos empresários aumentou também por causa da seca dos últimos anos e pelas altas taxas de juros. Segundo o presidente do Siamig, Minas Gerais tem 37 usinas de açúcar e de álcool que geram 80 mil empregos.
O presidente da Canacampo, Ademir Júnior, homenageou o ex-governador Alberto Pinto Coelho pelas ações em benefício do setor sucroenergético. Em seu discurso, ele agradeceu o empenho do deputado Antônio Carlos Arantes na redução do ICMS do álcool. Ademir Júnior ainda reclamou do Ministério Público por obrigar os caminhões de cana a rodar com meia carga, enquanto em outros estados, como São Paulo, o trânsito com a carga cheia é liberado. “Em Minas, se tiver passando um quilo, o produtor recebe uma multa pesada. O problema é como aferir uma carga com precisão no meio do canavial”, argumentou.

























