Segundo prefeitura, central continuará funcionando normalmente.
Na sexta-feira (27), imóvel foi lacrado por oficiais de justiça.

A Prefeitura de Pouso Alegre informou na tarde de ontem(30) que entrou em acordo para resolver a situação do Central de Abastecimento Municipal (Cema). Na última sexta-feira (27), cerca de 600 produtores rurais foram obrigados a deixar o local em cumprimento a uma ação de despejo movida pelos proprietários contra a prefeitura por falta de pagamento de aluguel. Oficiais de justiça lacraram o imóvel.

Segundo a prefeitura, um acordo entre as partes foi feito e a central irá continuar funcionando, com os produtores realizando o seu trabalho normalmente. Ainda conforme o comunicado da prefeitura, o processo de construção de um novo centro de abastecimento já teve início com a licitação da primeira etapa. O prazo de conclusão da obra é de até 5 meses.

Usado como referência para o escoamento da produção agrícola local, o prédio do Cema é particular. O aluguel deveria ser pago pela prefeitura, mas estaria atrasado há pelo menos dois anos, segundo os proprietários alegaram ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

A disputa entre os donos do imóvel e a Prefeitura de Pouso Alegre vem se arrastando há algum tempo. Em novembro de 2014, os produtores teriam recebido a primeira notificação da Justiça para saírem do local, mas a prefeitura conseguiu suspender a ordem de despejo.

No início de março, uma nova notificação informava que os produtores teriam que deixar o prédio até o dia 28 de março. Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura informou ter entrado com novo recurso para tentar reverter a decisão judicial.

De acordo com o sindicato dos produtores, o Cema movimenta cerca de 3 milhões de produtos por mês, girando um capital estimado em R$ 100 milhões.

Fonte: G1 Sul de Minas