Moradores acreditam que manifestação nas redes sociais tenha ajudado.
Pagamento geraria custo de R$ 340 mil a mais aos cofres municipais.
O projeto de lei que previa o pagamento do 13º salário para vereadores, secretários, prefeito e vice foi retirado da pauta de votação na sessão da Câmara de Vereadores de Poços de Caldas ontem(16). O assunto, que causou polêmica e manifestação dos moradores nas redes sociais geraria um gasto de R$ 340 mil a mais nos cofres municipais.
Os moradores que estiveram na Câmara e que assistiram à sessão não têm dúvidas de que as manifestações na internet ajudaram na decisão. “Eu acho que foi uma decisão sensata terem retirado o projeto da votação, já que ele não está em sinergia com o atual cenário político da cidade, que tem outras urgências”, disse o administrador de empresas Gustavo Bonafé.
O desenhista industrial Álvaro Vilela também comentou quanto às manifestações das redes sociais e a retirada do projeto da pauta. “A participação popular pode influenciar nos assuntos políticos e é importante que os moradores entendam a força disso”, comentou.
O projeto e a votação
Pelo projeto que deu entrada na Câmara em regime de urgência, cada um dos 15 parlamentares receberia R$ 9,6 mil. Já os 16 secretários seria paga a quantia de R$ 9,4 mil. O vice-prefeito receberia a quantia de R$ 13 mil e o prefeito pouco mais de R$ 24 mil.
Logo no início da sessão, o projeto foi retirado da ordem do dia pela maioria dos vereadores, por 13 votos, o assunto não chegou a ir a votação. O vereador Marcos Tadeu Sala Sansão (PSDB) faz parte do grupo que apoiou o pagamento do 13º salário aos políticos. “Depois que o assunto ganhou a repercussão que vimos na cidade, voltei atrás. O meu eleitorado veio até mim, contrário a este recebimento e entendi que a melhor decisão era votar contra. Eu sou representante deles na Câmara, não poderia contrariá-los”, disse.
Já o presidente da casa não relacionou a decisão aos vários comentários que circulam na internet. “O que ocorreu foi a falta de consenso entre os próprios vereadores Por essa razão o projeto não se encontra formalizado, não será discutido e nem votado. Não haverá apresentação”, pontuou Paulo Tadeu Silva D´Arcadia.

























