PROGRAMA “PLANTANDO SAÚDE” ATENDE POPULAÇÃO EXPOSTA A AGROTÓXICOS NO BAIRRO SERTÃOZINHO

300Em Pedralva, seguindo as diretrizes da Secretaria Estadual, a Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a equipe local da EMATER-MG está implantando nos bairros da zona rural do município, através do Setor de Vigilância o programa “Plantando Saúde”, com ações de vigilância e atenção integral à saúde da população exposta aos agrotóxicos. 
Esse programa surgiu da necessidade de uma maior atenção aos trabalhadores expostos aos agrotóxicos, já que o Brasil apresenta um papel estratégico para a produção de alimentos tanto no mercado interno quanto externo, privilegiado pelo clima favorável, pelas terras produtivas e pela população que ainda vive no campo favorecendo a produção agrícola. Neste contexto, o país se coloca entre um dos maiores consumidores mundiais de agrotóxicos, sem ser necessariamente o maior produtor de alimento.
Considerando os impactos que a exposição aos agrotóxicos gera na saúde dos trabalhadores e das pessoas que vivem próximas às áreas de produção, esse setor iniciou em abril a implementação de ações específicas voltadas para este público, considerando que o uso inadequado dos agrotóxicos configura-se um grande problema de saúde pública.
O Programa Plantando Saúde contempla quatro fases, sendo a primeira a apresentação e conscientização dos trabalhadores pela equipe de saúde sobre as consequências da exposição aos agrotóxicos ao longo da vida. Na segunda fase chamada “Dia D” realizada em 24 e 25 de junho fez-se a coleta de material biológico dos trabalhadores para avaliação de qualquer agravo à saúde originado da exposição aos agrotóxicos, com acompanhamento clínico individualizado de cada trabalhador pela equipe multiprofissional de saúde, a fim de adotar medidas que evitem problemas mais sérios no futuro. Nestes dias os agricultores e agricultoras assistiram a palestra sobre Nutrição do Cafeeiro proferida pelo Engenheiro Agrônomo da EMATER-MG de Pedralva. Segundo João Marcos, “o assunto é oportuno e contribui para o cumprimento do seu programa de trabalho, pois nesse período recomenda-se a “amostragem dos solos” para a análise laboratorial visando a correção da sua acidez e a fertilização equilibrada para o próximo ciclo produtivo, seguindo um cronograma de práticas agronômicas em épocas adequadas”. Também, um solo equilibrado oferece melhores condições de desenvolvimento e produção aos cafeeiros, assegurando às plantas maior resistência ao ataque de pragas e doenças e por consequência, uma redução do uso dos agrotóxicos e menor exposição dos agricultores a estes produtos. 
Na terceira fase haverá o acompanhamento dos usuários pela equipe médica, cujos exames mostraram qualquer tipo de alteração e, será feito o seu encaminhamento para outros profissionais, de acordo com as necessidades identificadas. Assim, na quarta e última fase estas pessoas encaminhadas para o tratamento específico poderão, segundo seus interesses, participar e desenvolver técnicas e práticas agroecológicas para a condução de suas atividades agropecuárias.
A atividade preventiva realizada neste “Dia D” atendeu um público de 61 agricultores, sendo 93% do sexo masculino. Segundo a Enfermeira Kellen Faria, “o programa atingiu o objetivo proposto e esta é a primeira vez que os homens manifestaram tamanho interesse pela sua saúde e satisfação de participarem do programa, comparado a programas anteriores já desenvolvidos”, declarou.

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