O lago de Furnas não se recupera totalmente desde 2012.
O lago de Furnas, que vinha ensaiando uma lenta subida em seu nível de água, ainda continua mais de dez metros abaixo da cota máxima, que é de 768 metros em relação ao nível do mar. No último dia 13, por exemplo, a cota era de 757,33 metros. Há semanas o lago não sai deste patamar, sempre na faixa de 757 metros.
Com isto, o volume útil de água está na casa dos 29%. Volume útil é a parte do volume que pode ser efetivamente utilizada para regularização de vazão e/ou geração de energia elétrica. Em São Paulo, o sistema Cantareira já perdeu todo o seu volume útil e iniciou a utilização do chamado volume morto para abastecimento de água. Este volume morto não é utilizado para gerar energia, pois não é suficiente para girar as turbinas com segurança.
No subsistema do Rio Grande, os principais reservatórios são Furnas, Mascarenhas de Moraes (Peixoto), Marimbondo e Água Vermelha. Destes, somente Peixoto ainda continua com cota alta e bom volume útil, realidade que deverá mudar em breve, já que os municípios lindeiros foram informados que o nível poderá baixar até 13 metros nos próximos meses.
O aviso alarmou prefeitos, lideranças e empresários. Esta é a primeira vez em muitos anos que os municípios do lago de Peixoto poderão se ver nesta situação. Os que ficam às margens de Furnas têm visto o nível do reservatórios baixando a níveis preocupantes há anos e cada vez mais frequentemente.
No dia 13, Marimbondo estava com volume útil em 21,97% e Água Vermelha com 18,49%. Peixoto tinha volume útil de 75,57% e cota 663,53 metros em relação ao nível do mar. Neste caso, a cota máxima é de 666,12 metros.
O baixo volume útil do lago de Furnas, no entanto, não afeta ainda a geração de energia elétrica. Para que isto acontecesse seria necessário o nível baixar para a cota 750 metros. Em 1999, o nível chegou a 751,90 metros, com volume útil de 6,28%
Desde 2012
O lago de Furnas não se recupera totalmente desde 2012. No final daquele ano, mais precisamente no dia 14, o nível chegou a 753,18 metros e o volume útil ficou em 11,02%. De lá para cá, o lago subiu, desceu, tornou a subir e desceu novamente, mas sem atingir o máximo durante todo ano de 2013.
Nos três primeiros meses de 2014, a falta de chuvas e o maior uso da água para geração de energia elétrica e regulação de outros reservatórios, fez a situação piorar ainda mais. Agora, o volume de água usado para gerar energia te sido praticamente o mesmo que o volume que entra diariamente no lago. Por isso, o nível se mantém baixo, porém estável.

























