Tião é nativo. Estava pouco animado pro carnaval. Tentou o clube em virtude das boas e velhas marchinhas e sambas-enredo, mas o quórum estava baixo.
Tião nem foi ver as escolas de samba. Ouviu dizer que a chuva atrapalhou ainda mais o que já estava ruim.
Organização nenhuma diziam os conterrâneos. No penúltimo dia, Tião foi ver seus blocos prediletos. Deu um duro danado pra ajudar um deles, mas percebeu que o som disponibilizado pelo Paço Municipal estava péssimo, que não havia separação entre público e os membros do desfile e o pior: não havia segurança.
Tião não viu um só homem de preto.
Tião quase presenciou um acidente. No último dia, Tião foi na festa de um grande bloco da sua terrinha, pois era a única noite em que o pagode mela-calcinha ou o sertanejo universitário não ocuparia o lugar que deveria ser de sambas e marchinhas.
Tião sofreu com a guerra de cervejas que os foliões insistiam em fazer, banhando todo mundo com aquele líquido nada cheiroso misturado ao suor.
Tião saiu exausto e pagou super caro num hot-dog frio e seco.
Tião quase não encontrou o carro no estacionamento abarrotado de gente embriagada. Tião não via a hora de amanhecer a quarta-feira de cinzas.



























Tião tem mais de se lascar mesmo. Pois na hora de votar Tião, assim como a maioria dos seus conterrâneos foi uma besta.
“Para a alegria do povo, carnaval ruim de novo”
Tião, porque não foi pra um retiro?
Eu estava igual o João. kkkkk