Centenário de Dona Chiquita é lembrado pela Academia de Letras

Francisca Celira da Silva Dias, benemérita fundadora do Centro Espírita Amor à Verdade Mãe Maria, será homenageada neste sábado (25) pela Alca – Academia de Letras, Ciências e Artes de Santa Rita do Sapucaí. A sessão solene da entidade acontece no Inatel – Instituto Nacional de Telecomunicações, na sala Prof. José Nogueira Leite. Dona Chiquita, como era mais conhecida, faleceu em 1993, estaria completando 100 anos neste mês de janeiro e já foi homenageada pela Academia em 2005. Na ocasião, foi escolhida para compor o rol das “Grandes Mulheres do Século XX de Santa Rita do Sapucaí”. 

Dona Chiquita nasceu em Varginha, mas aos três anos de idade seus pais fixaram residência na cidade de Careaçu. Aos 22 anos, em 1936, casou-se com José Antônio Dias que era de Santa Rita do Sapucaí. Mudou-se ao lado do marido para esta cidade e desta união nasceram nove filhos. Dona Chiquita teve uma educação exemplar dos pais, principalmente no que diz respeito à prática religiosa. Transferiu esta educação para os filhos pregando o amor e a solidariedade. Dedicada ao lar, esposo e filhos, estendeu sua caridade aos amigos, conhecidos e a quem mais buscasse o conforto de suas preces, além de buscar recursos para o auxílio aos mais necessitados. 

A 22 de outubro de 1950 fundou o Centro Espírita Amor a Verdade Mãe Maria, sendo ela primeira presidente da entidade. A 18 de maio de 1958 foi inaugurada a sede do Centro Espírita, localizada na rua Antônio Telles (Rua da Pedra), onde lá está até hoje.

Em 1985, o então vereador Jefferson Gonçalves Mendes, apresentou uma resolução para conceder o título de “Cidadã Honorária Santarritense” à Dona Chiquita. A 14 de dezembro daquele ano recebe da Câmara dos Vereadores de Santa Rita do Sapucaí o reconhecimento de toda a comunidade com o referido título. 

Para a Acadêmica e professora Ilma de Faria Dutra, Dona Chiquita sempre fez pelos mais necessitados sem nada pedir em troca, sempre preservando sua discrição e serenidade – desde a juventude. “Se as suas qualidades anímicas não operassem as expressões, maior das suas obras humanitárias para com o povo de Santa Rita, possivelmente estariam fadadas ao anonimato absoluto, porque sempre as desenvolveu em silêncio, sem excentricidades, sem murmúrios ou queixas. Jamais a viram cogitar de possíveis reconhecimentos ou de algum elogio sequer… Pelo contrário, evitava-os. Para aventarmos melhor juízo do padrão humanitário evidenciado na personalidade em apreço, não podemos nos distanciar do caráter íntegro de Francisca Celira, criança, plasmada na forja do bem comum, em ações sociais humanas. Seu espírito era, ao mesmo tempo, obediente e livre. De fato, desde menina se mostrara liberta das amarras convencionais. Tomava iniciativas e desenvolvia tarefas humanitárias de forma independente, sem a supervisão de qualquer ordenamento institucional. Haja vista o seu desassombrado gesto, na sua pré-adolescência, de  cuidar dos enfermos carentes e abandonados nos seus leitos de dor, em Careaçu, nas famosas epidemias de varíola e de tifo que assolaram o Sul de Minas nas décadas de 1920-1930”. 

 A sessão solene da Alca – Academia de Letras, Ciências e Artes de Santa Rita do Sapucaí acontece neste sábado (25) às 18h00. Trata-se do primeiro evento do ano; aberto ao público.oferecimento_ies1

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