Imagens de circuito interno de segurança flagraram ação dos militares.
PMs chegaram a ser recolhidos, mas vão responder em liberdade.

Dois policiais militares de Passos sãosuspeitos de espancar um rapaz de 18 anos dentro de uma boate na madrugada de sexta-feira (8). Câmeras de segurança da casa noturna registraram as agressões. As marcas ficaram no rosto do estudante Alessandro da Silva Alves. Segundo o estudante, quando ele estava indo embora da boate, foi abordado por quatro homens, entre eles um tenente e um soldado da Polícia Militar, que começaram a agredí-lo com socos e chutes no rosto.
“Estou com muita dor, sem poder comer direito. Levei murro, chute, cabeçada, de todo jeito”, disse o estudante.
As imagens das câmeras de segurança mostram o rapaz sendo cercado por três homens. Dois minutos depois, as imagens mostram os policiais dando cabeçadas na vítima. Alessandro, então, se afasta dos agressores e vai para uma área onde não há câmeras, mas os militares vão atrás. Na sequência, as imagens mostram que o jovem é retirado da boate por seguranças, já bastante ferido. Mesmo assim, os policiais ainda chutam o rapaz. Por fim, uma viatura da Polícia Militarestaciona em frente à boate e Alessandro é empurrado para dentro dela. Em seguida, o vídeo mostra que o tenente e o soldado da PM vão embora caminhando normalmente.
Segundo o subcomandante da PM de Passos, Major Marcos Antônio da Silva, os dois policiais acusados das agressões estão presos no quartel e devem ser julgados pela Justiça Militar.
“Eles foram presos em flagrante pelo crime previsto no artigo 209 do Código Penal Militar, de lesão corporal e a partir daí, o caso está nas mãos, sob jurisdição da Justiça Militar em Belo Horizonte”, disse o major.
Policiais são suspeitos de espancar jovem de 18 em Passos (Foto: Reprodução EPTV)
No entanto, o Ministério Público quer que os policiais sejam julgados pela Justiça comum.
“O correto seria que a autuação fosse feita na Polícia Civil, dada a grave violação dos direitos humanos que foi praticada naquele local”, disse o promotor Maurício Ohara.
A Polícia Civil também instaurou inquérito para apurar a conduta dos militares envolvidos no caso. O advogado Denis Provezane Almeida, que representa o tenente Jonas Aquino Silva Pinto e o soldado Wesley Cassiano Moreira, disse que o estudante e um amigo ameaçaram os policiais e que por isso, eles usaram de força moderada para dominar os rapazes e dar voz de prisão. Ele disse ainda que os hematomas foram consequência da prisão e não de uma agressão.
Os policiais chegaram a ser recolhidos no batalhão da Polícia Militar, mas vão responder ao inquérito em liberdade.


























A nossa polícia, do Brasil em sua grande maioria é despreparada. Seus componentes muitas vezes com uma formação aquém do esperado. Agindo muitas vezes com a farda não como representantes da lei mas como acima da lei. E colocando sentimentos em suas ações uma vez que o que deveriam movimenta-los em suas ações seria o próprio estado.
A militarização da polícia Militar resulta em um grupo treinado a procura de inimigos a quem possa impor a força a qual recebeu do estado. Por isso já passou da hora da integração das polícias da desmilitarização da polícia. Para termos uma polícia mais profissional, mais consciente de seu trabalho.