Mensagem Espírita – Existência de Deus

Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho,
cada noite, que, certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe
perguntou: Porque oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler? O crente fiel respondeu: Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.
Como assim? Indagou o chefe, admirado.
O servo humilde explicou-lhe: Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu? Pela letra.
Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa quanto ao autor dela? Pela marca do ourives. O empregado sorriu e acrescentou: Quando passos ao redor da tenda,
como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi? Pelas rastros- respondeu o chefe, surpreendido.
Então o velho crente convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a Lua
brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso: Senhor aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens! Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também.

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1 Response to Mensagem Espírita – Existência de Deus

  1. Avatar de Maurício de Souza Maurício de Souza disse:

    Argumento fraco e ridiculamente infantil para tentar provar a existencia de um suposto criador do universo. Esse argumento pode ser bem aceito por uma criança do pré mas para adultos com o minimo de pensamento crítico, esse argumento beira o ridículo.
    Os teístas afirmam que existe um deus; os ateus não. Pessoas religiosas desafiam frequentemente ateus a provarem que não há deus; mas isso revela um equívoco. Os ateus afirmam que a existência de deus não está provada, não afirmam que está provada a inexistência de deus. Em qualquer argumento, o ônus da prova está do lado daquele que faz a afirmação.

    Se uma pessoa afirma ter inventado um dispositivo antigravidade, não cabe a outros provar que tal coisa não existe. O crente tem de provar a sua afirmação. Todas as outras pessoas estão justificadas em recusar acreditar até que a evidência seja apresentada e substanciada.

    Alguns ateus acham que o argumento é confuso até que o termo “deus” seja tornado compreensível. Palavras como “espírito” e “sobrenatural” não têm qualquer coisa que lhes corresponda na realidade, e ideias como “onisciente” e “onipotente” são contraditórias. Por que discutir um conceito sem sentido?

    No entanto, há muitas linhas de raciocínio teísta e têm sido escritos livros sobre cada uma delas. As seções seguintes resumem brevemente os argumentos e as refutações. O ateísmo é a posição base que permanece quando todas as alegações teístas são rejeitadas.

    Design

    “De onde veio tudo? Como é que explica a ordem complexa do universo? Não posso acreditar que a beleza da natureza simplesmente apareceu por acidente. O design requer um projetista.”

    Este argumento limita-se a pressupor que é verdade aquilo que quer provar. Qualquer tentativa de “explicar” algo requer um contexto mais amplo dentro do qual a explicação pode ser compreendida. Pedir uma explicação do “universo natural” é simplesmente pedir um “universo mais amplo”.

    O universo é “tudo que existe”. Não é uma coisa. Um deus certamente seria uma parte de “tudo que existe”, e se o universo requer uma explicação, então deus requer um [outro] deus, ad infinitum.

    A mente de um deus seria pelo menos tão complexa e ordenada quanto o resto da natureza e estaria sujeita à mesma pergunta: Quem fez deus? Se um deus pode ser encarado como eterno, então o universo também pode ser encarado como eterno.

    Há design no universo, mas falar de design do universo é apenas semântica teísta. O design que observamos na natureza não é necessariamente inteligente. A vida é o resultado do “design” não-consciente da seleção natural. A ordem no cosmos vem do “design” da regularidade natural. Não há qualquer necessidade de uma explicação mais ampla.

    O argumento do design baseia-se na ignorância, não em fatos. O fracasso em solucionar um enigma natural não significa que não há resposta. Durante milênios os humanos têm criado respostas míticas para “mistérios” como o trovão e a fertilidade. Mas quanto mais aprendemos, menos precisamos de deuses. A crença em deus é apenas responder a um mistério com outro mistério e, consequentemente, não responde a nada.

    “O universo é governado por leis naturais. Leis requerem um legislador. Tem de existir um Governador Divino.”

    Uma lei natural é uma descrição, não é uma prescrição. O universo não é “governado” por coisa alguma. As leis naturais são meramente concepções humanas sobre o modo como as coisas normalmente reagem, não são mandamentos sobre o comportamento, como no caso de leis sociais. Se o argumento do design fosse válido, a mente de um deus seria igualmente “governada” por algum princípio de ordem, o que requereria um legislador superior.

    “É impossível que a complexidade da vida tenha ocorrido por acidente, e a segunda lei da termodinâmica, que diz que todos os sistemas tendem para a desordem, torna a evolução impossível. Era necessário um Criador.”

    Estas objeções pseudocientíficas baseiam-se em erros. Nenhum biólogo afirma que organismos apareceram subitamente num passo de mutação “acidental”. A evolução é a acumulação gradual de pequenas mudanças ao longo de milhões de gerações de adaptação ao ambiente. Os humanos, por exemplo, não tinham necessariamente de evoluir — qualquer uma de bilhões de possibilidades viáveis podia ter-se adaptado, tornando muito provável que algo sobreviveria à implacável seleção natural.

    Usar probabilidades, depois do fato consumado, é como um vencedor da lotaria que dissesse: “É altamente improvável que eu pudesse ganhar esta lotaria, portanto não devo ter ganho”.

    Os criacionistas deturpam muitas vezes a segunda lei da termodinâmica, que diz que a desordem aumenta num sistema fechado. A Terra, atualmente, é parte de um sistema aberto, recebe energia do sol. Conduzida pela entrada de energia solar (e outras formas de energia, como a química), a complexidade comumente aumenta, como no caso do crescimento de um embrião ou um cristal. Claro que por fim o sol arrefecerá e a vida na terra desaparecerá.

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