Professor resgata câmera que caiu em lago com fotos intactas

Morador havia perdido equipamento no Lago de Furnas há quase 2 anos.

Cartão de memória da máquina tinha armazenado 255 fotografias.

Caiaque usado por Naves em uma das fotos recuperadas (Foto: Rodrigo Naves)

Em janeiro de 2011, o professor de filosofia Rodrigo Naves, de 41 anos, foi fazer um passeio pelo Lago de Furnas, no distrito de Córrego do Ouro, em Campos Gerais. Amante de fotografia e com uma câmera recém-comprada, Naves buscava uma bonita foto da paisagem do local e pegou um caiaque para ir até o meio do lago. Ao chegar no ponto determinado, notou que o tampão da embarcação estava solto e começou a afundar.

“Quando estava no meio do lago comecei a ouvir um barulho esquisito. Foi quando percebi que o caiaque estava sem o tampão. Como só sei nadar em piscina de bolinha, comecei a remar o máximo que podia”, conta o professor. Quando o caiaque de Naves afundou, ainda faltavam 300 metros para a margem. “Eu entrei em pânico, achei que fosse morrer. Me salvei, mas perdi tudo e ainda virei chacota na cidade”, conclui.

Câmera e equipamento ainda sujos de barro após o resgate (Foto: Tiago Campos / G1)Câmera e equipamento ainda sujos de barro após o resgate (Foto: Tiago Campos / G1)

Já conformado com a perda da câmera, Naves, que mora em Varginha – há 70 quilômetros de Córrego do Ouro – não imaginava ouvir a notícia que recebeu há alguns dias, quase dois anos depois. “O caseiro da casa onde me hospedei estava andando ali pelo local quando viu uma coisa preta no lago. Como o tempo está muito seco, o nível da represa baixou bastante e ele conseguiu encontrar a bolsa com a minha câmera. Na hora ele lembrou do caso e me ligou, foi uma surpresa”, afirma Naves.

Com a câmera na mão, o professor mostra a água que invadiu a tela do visor (Foto: Tiago Campos / G1)Com a câmera na mão, o professor mostra a água que invadiu a tela do visor (Foto: Tiago Campos / G1)

Melhor do que recuperar a câmera foi ter descoberto que todas as fotos tiradas naquele dia, cerca de 255 fotografias, estavam intactas no cartão de memória. “Recuperei todas as fotos daquele dia. Me lembro até da última fotografia que eu tirei da paisagem, lá pelas seis horas da manhã”, informa o professor.

Já a câmera, que ficou toda suja de barro e com água dentro das lentes e da tela do visor, perdeu a utilidade. “Me falaram para enviar um e-mail contando a história e mostrando as fotos da câmera para a fabricante. Vai que eu ganho uma máquina nova, não é mesmo?”, conta com humor.

Paisagem de Furnas foi a última foto tirada com a câmera antes do incidente (Foto: Rodrigo Naves)Paisagem de Furnas foi a última foto tirada com a câmera antes do incidente (Foto: Rodrigo Naves)
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