Cidades são as primeiras do Sul de Minas a receber as novas urnas.
Mais de dois mil títulos de eleitores foram cancelados nos municípios.

As cidades de Itapeva e Marmelópolis vão ser as primeiras do Sul de Minas a utilizar o voto biométrico nas eleições de 7 de outubro.
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), nestes municípios aconteceram correições eleitorais e nestas revisões, mais de dois mil eleitores tiveram os títulos cancelados.
Por isso, a Justiça Eleitoral resolveu aplicar o novo sistema, em que o eleitor, antes de escolher os candidatos, é identificado por meio da impressão digital.
Em todo estado, 21 cidades terão votação pelo sistema biométrico. Segundo Argemiro Fróis, gerente eleitoral de Camanducaia (MG), a medida vem para garantir a segurança nas eleições. “Ninguém tem digital igual, ou seja, ninguém poderá votar pelo outro”, dispara.
O município de Itapeva tem 8.674 habitantes e deste total, 6.787 são eleitores, contudo, nem todos poderão participar destas eleições, pois a Justiça Eleitoral cancelou 1.440 títulos. Em 2007, o TRE fez uma revisão para saber quantos eleitores, de fato, tinham vínculo com a cidade e 28,5% deles não foram encontrados.
A correição eleitoral também foi feita em Marmelópolis e dos 2.978 habitantes, apenas 2.497 estão aptos para votar. Segundo o TRE, 22,5% das pessoas que se declararam eleitorais na cidade também não foram localizadas e 696 títulos foram cancelados.
Após o levantamento, todos os eleitores das duas cidades foram convocados pelo TRE para uma revisão. “A gente acredita que as pessoas podem ter morado no município e se mudado, sem transferir o título. Ou então estas pessoas realmente nunca moraram aqui”, explica Fróis.
Os eleitores que não foram encontrados tiveram até maio deste ano para comprovar o vínculo com os municípios. Quem teve o título cancelado, só poderá regularizar a situação a partir da segunda quinzena de novembro. Para isso, o eleitor deve comparecer ao cartório eleitoral com um comprovante de residência no próprio nome e um documento oficial com foto.
A cientista política Terezinha Richartz analisou os números e explica o impacto que eles podem ter durante as eleições. “Nas eleições os vereadores vão se eleger com uma quantidade menor de votos, e alguns candidatos talvez não esperados acabem se elegendo pois vão precisar de menos votos. Já nas eleições presidenciais isso não tem tanto impacto, apenas no recebimento de verbas para campanha”, acredita.


























