José Wurtemberg Manso foi flagrado em 2004 subornando 6 vereadores.
Segundo promotoria, político só poderia concorrer a um cargo em 2013.

O Ministério Público Eleitoral pediu a impugnação do registro de candidatura de José Wurtemberg Manso (PSL), conhecido como “Beg”, que concorre à Prefeitura de Alfenas (MG). O ex-prefeito ficou famoso em 2004 depois de ser flagrado subornando seis vereadores do município com dinheiro. Ele comprava o apoio deles para aprovar projetos de interesse do executivo.
De acordo com o promotor Fernando Magalhães da Cruz, o MP entrou com o pedido de impugnação da candidatura do ex-prefeito baseado em dois fatores. O primeiro é que de acordo com a Lei da Ficha Limpa, o político cassado fica inelegível durante o tempo que durar a legislatura, mais oito anos. Outro motivo é a condenação por improbidade administrativa. Neste caso, Beg só poderia se candidatar a partir de 2013.
“Em consequência dessa condenação ele teve os poderes políticos suspensos pelo prazo de cinco anos e por isso não pode se candidatar agora”, informa o promotor.

No Cartório Eleitoral de Alfenas, o nome de Beg aparece na lista dos políticos que não poderão concorrer a um cargo na próxima eleição. O ex-prefeito disse que já recorreu na Justiça. “Se a Justiça de Alfenas mantiver o veto à minha candidatura, vou recorrer a instâncias superiores em Belo Horizonte e até em Brasília”, afirmou Beg.
O caso
Beg foi flagrado por câmeras instaladas em seu gabinete em 2004 distribuindo dinheiro para os vereadores. Ele estava comprando o apoio dos parlamentares da cidade para que aprovassem projetos que estavam em tramitação na Câmara. Na época, as imagens chegaram à EPTV e foram destaque em vários telejornais do país.
Revoltada, a população foi para a rua e apedrejou a prefeitura, a casa do ex-prefeito e a autoescola dele. A Câmara instaurou uma CPI e cassou o mandato de Beg. A Justiça também condenou o ex-prefeito e os seis vereadores.
Beg foi prefeito em Alfenas por três mandados: de 1977 a 1982, depois de 1989 a 1991 – neste mandado, ele não terminou o governo e foi cassado por improbidade administrativa – depois voltou ao cargo de 2000 a 2004 – quando foi novamente cassado. O processo só foi concluído em 2008.


























