Dos 95 detentos, apenas 44 compareceram ao 1º dia do projeto.
Ausentes podem voltar para a prisão, segundo juiz.

Mais da metade dos presos que receberam liberdade provisória por decisão de uma juíza, em Três Corações, não compareceram ao primeiro dia do curso obrigatório organizado pelo judiciário em parceria com o Conselho Municipal Antidrogas. Dos 95 detentos beneficiados pela decisão, apenas 44 foram ao projeto no salão do júri nesta segunda-feira (14).
“O número de ausentes me espantou. É decepcionante porque foi uma medida nova e ainda não se sabia como os presos iriam reagir”, explica o juiz Márcio Benfica, responsável pela Vara Criminal enquanto a juíza que tomou a decisão está em férias.
Em troca da liberdade, os detentos devem participar de palestras semanais de prevenção ao uso de drogas. Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a juíza Áila Figueiredo entendeu que as prisões não estavam surtindo o efeito esperado no combate ao tráfico.
Segundo o TJMG, os presos que foram soltos não oferecem risco à sociedade e aguardavam julgamento, cumprindo medida cautelar. Dos 100 detentos beneficiados, cinco não foram liberados por terem outras pendências com a Justiça. Ainda conforme o tribunal, os principais líderes do tráfico vão continuar detidos na cidade.
Segundo Benfica, os presos ausentes poderão voltar para a prisão. “Eles serão intimados e em 48 horas terão que se justificar. Caso a justificativa não for aceita o benefício será revogado”, afirma.
O curso é semanal e não tem um prazo estipulado para terminar, segundo o juiz.


























