Resistencia bacteriana à antibióticos

Por: Pablo Ferreira das Chagas*

As bactérias são capazes de desenvolver mecanismos de resistência, sendo o Brasil um país que vem destacando através de exames clínicos laboratoriais uma prevalência sobre determinadas espécies que causam infecções, dentre as mais comuns, do trato urinário e hospitalares.

Os mecanismos de resistência adquiridos são os que consistem fundamentalmente sobre a produção de algumas enzimas que as bactérias produzem que inativam os antibióticos proporcionando a ineficiência do medicamento em questão. Sendo que uma única bactéria pode desenvolver ao mesmo tempo mais de uma forma de mecanismo que inativa o mesmo antibiótico. O tratamento de algumas patologias agravadas de um quadro clínico, através da detecção da sensibilidade espera-se o resultado positivo de controle sobre o patógeno.

Para conseguir destruir ou inibir os microorganismos, os antibióticos devem atravessar a membrana superficial da bactéria, que são compostos por  estruturas de mecanismos bioquímicos necessários para se multiplicar e sobreviver. Os mecanismos de ação dos antibióticos resume-se em: Impedir a síntese de ácidos nucleicos, das proteínas da parede celular, alterando a membrana da bactéria, inativando sua ação.

A resistência bacteriana é considerada um problema de saúde pública mundial, realidade para a qual têm sido propostas diversas iniciativas de controle. Assim, a contínua emergência de microrganismos resistentes nas instituições de saúde constitui-se um grande desafio mobilizando órgãos nacionais e internacionais de vigilância e controle epidemiológicos. Acredita-se que a compreensão desta realidade ratifica a necessidade de participação e co-responsabilização dos profissionais da saúde no processo de controle desta situação, contemplando práticas individuais e coletivas, institucionais e nacionais, a comunidade e a sociedade visando a reformulação das políticas públicas.

A real preocupação leva a seguinte ideologia: Se um medicamento não for mais eficaz sobre tal microorganismo, o que fazer se a bactéria já adquiriu resistência?

Adaptações com alguns antibióticos existentes, proporcionando o controle da patologia.

Quando um indivíduo, começa a manusear o uso de algum antibiótico, sem prescrição médica, geralmente, toma alguns comprimidos por determinados dias até que não sinta mais dor, ou qualquer sintoma causado pela infecção. Rompe o tratamento e pensa estar curado. Isto é um engano, apenas conseguiu imobilizar a multiplicação da bactéria em seu metabolismo, ou conseguiu inativar as mais agressivas existentes, isto ocasiona o seguinte fator: As bactérias mais “ resistentes”, podem ter perdido seu fator de ação, porém ainda continuam presente no organismo do indivíduo, passado algum tempo ela volta a se multiplicar e causa os mesmos sintomas, talvez mais complexos ou não, a pessoa logo já para e pensa, “ Está voltando, vou tomar o antibiótico.”

Mas não fará mais o mesmo efeito, pois a bactéria já desenvolveu um mecanismo de resistência, ao antimicrobiano que ocasionou da primeira vez sucesso de controle sobre o patógeno. A bactéria se torna mais “forte”, e prevalece. E se isso continua, a cada infecção um antibiótico manuseado indiscriminadamente , será apenas mais um medicamento que não trará retorno clínico em qualquer que seja a infecção, doença ou contaminação em questão.

Eis a razão de alertar sobre o uso inadequado de antibióticos, visando sempre o acompanhamento médico, e justificando o motivo, primordial de hoje em dia, só se conseguir comprar antibióticos através de prescrições.

 *Graduando de Ciências Biológicas e trabalha com de Análises Clínicas

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2 Responses to Resistencia bacteriana à antibióticos

  1. Avatar de Monica Monica disse:

    Um glamour!!! Pablo , inteligentíssimo e aplicado !!!!!!!!!!!

  2. Avatar de Pâmela Ferreira Pâmela Ferreira disse:

    Hum…. Pablo evoluindo !!! adoreeeeeeeeeeeeeeeei primo !

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