Vale da Eletrônica propõe tecnologias para uso militar

General Mattioli

General Mattioli: plano de restruturação da Defesa Brasileira

A indústria mineira se organiza para fornecer equipamentos e serviços para o Ministério da Defesa (MD). Representantes da Secretaria de Produtos de Defesa, controlada pela pasta, estiveram nesta quarta-feira (21) em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, para conhecer as empresas e os produtos desenvolvidos no chamado “Vale da Eletrônica”. 

O encontro foi realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), por meio do Conselho da Indústria da Defesa e Compras Governamentais (Condefesa), em parceria com o Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel). A expectativa é que, em seis meses, 20 empresas estejam trabalhando para fornecer para a Defesa.

De acordo com o diretor do Departamento de Produtos de Defesa da Secretaria, General Aderico Visconte Pardi Mattioli, a defesa brasileira vivencia um momento de reestruturação. Ele estima que o investimento anual para manter os equipamentos utilizados pelas forças armadas gire em torno de R$ 1,2 bilhão ao ano. Para fortalecer, o aporte necessário é da ordem de R$ 6 bilhões anuais. Ele diz que o Ministério da Defesa está na fase de mapeamento das necessidades do setor. O primeiro passo, conforme explica, é fazer o levantamento da capacidade tecnológica, comercial e industrial do país. No caso de uma meta para nacionalização, ele diz que está em análise a forma como a produção local dos equipamentos será realizada.

De acordo com o general, o plano de reestruturação da Defesa Brasileira prevê que as tecnologias nucleares sejam encabeçadas pela Marinha, as espaciais pela Aeronáutica e as cibernéticas pelo Exército. O Ministério da Defesa agirá como integrador dos projetos. Na avaliação de Mattioli, a indústria da defesa pode contribuir para aumentar o nível de valor agregado da industrial nacional.

De acordo com o presidente do Condefesa, Marco Antônio Castello Branco, as empresas do Vale da Eletrônica estão aptas a desenvolver tecnologias demandadas. “O polo tem vocação para os componentes utilizados nos produtos finais”, diz. O presidente do Sindvel, Roberto de Souza Pinto, vai além. “As empresas do Vale são unidas. O que a Defesa demandar, nós iremos desenvolver. Faremos um mutirão de engenheiros”, disse. Dez das 142 empresas do Vale da Eletrônica apresentaram o portfólio de produtos aos representes do Ministério da Defesa.

Hoje em Dia – 21/03/2012

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1 Response to Vale da Eletrônica propõe tecnologias para uso militar

  1. Avatar de Paulo Paulo disse:

    é…é…é… tudo muito bonito e tal, mas tem uma questão aí… as empresas de santa rita tem que começar a pagar bem para seus funcionários porque até os formados em engenharia que trabalham aqui estão ganhando mal.
    Veja se algum engenheiro bom quer ficar trabalhando aqui, com esses salarinhos…

    Os bons profissionais tem que ser valorizados, caso contrário não haverá progesso.

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