Investir na mídia deve ser uma das principais iniciativas do político

A elaboração de uma campanha eleitoral começa com a decisão do candidato em participar do processo e não termina nunca.

A lista de tarefas vai desde a definição da plataforma de governo até a produção de materiais de divulgação, como carros de som e muitos outros itens.

Mas para conquistar o eleitor, não basta ter uma verba considerável para gastar com publicidade; o candidato precisa saber se comunicar.

Entre tantas habilidades, as que envolvem o aprendizado de como se tornar um porta-voz são as que promovem maior destaque ao candidato, cuja meta é um cargo político.

A primeira delas é a oratória, mas para o jornalista e especialista em Comunicação & Marketing, Ângelo de Souza Filho, outros conhecimentos devem acompanhar o candidato iniciante que deseja tirar melhor proveito da relação com a imprensa. “Um candidato a prefeito ou vereador deve estar ciente das atribuições de um porta-voz para evitar gafes e ganhar destaque positivo”, argumenta o jornalista com 22 anos de profissão.

Para ganhar visibilidade e alcançar bom desempenho como porta-voz, o político também deve se esforçar para entender o ritmo de uma redação e o dia a dia do jornalista. “É comum que o político se negue a dar entrevista sem entender os prejuízos à imagem que a atitude pode ter”, Diz o especialista que já treinou políticos de todos os níveis, empresários, atletas e profissionais liberais.

Confira outras dicas úteis para candidatos novatos e que também podem auxiliar políticos de carreira:

•Ao ouvir a pergunta do repórter, olhe diretamente para os olhos dele. Ao responder a questão, continue olhando para o entrevistador. Não há pior gafe do que olhar para a câmera enquanto é entrevistado.

•Quando disser o que já fez, projetos que apresentou, ações que realizou, use sempre a frase na primeira pessoa, ou seja, “eu fiz, eu apresentei, etc”. A construção ‘nós apresentamos o projeto” só é válida se o sujeito for composto, ou seja, você e mais alguém. Se for só você, a frase deve estar em primeira pessoa.

•Se a crise acontecer, opte por esclarecer. O ditado que promete que as mentiras têm perna curta nunca dá errado, portanto antecipe o que pode ser descoberto depois para desmascarar uma intenção negativa. A história mostra as consequências dessa atitude.

•Ignorar a opinião pública é uma alternativa, no mínimo, irresponsável. Por isso utilizar o espaço concedido pela imprensa para se comunicar com seu público ainda é a opção mais barata, útil e de alta credibilidade.

•Ter conhecimentos gerais é obrigatório para qualquer porta-voz e também para o político. A qualquer momento, um jornalista pode questioná-lo sobre assuntos cotidianos do Brasil ou do exterior, por isso, a leitura diária dos principais jornais é fundamental.