Alca homenageia a escritora Edméa Carvalho no primeiro evento de 2012

Reunião dos acadêmicos também deu posse à sua mais nova acadêmica: Ândrea Falsarella.

A Academia de Letras, Ciências e Artes de Santa Rita do Sapucaí (Alca) rendeu homenagens à escritora e professora Sra. Edméa Sodré Azevedo Carvalho, fundadora da entidade, que faleceu recentemente. As homenagens aconteceram durante a primeira reunião da Alca, realizada sábado passado (25) no auditório Aureliano Chaves, no Inatel. Também na mesma ocasião, tomaram posse os integrantes da nova diretoria da Academia e a nova acadêmica, a coreógrafa Ândrea Falsarella.

Num evento marcado pela emoção, discursaram os acadêmicos sobre a Sra. Edméa Carvalho. O presidente da Alca, Victor Hugo Neira Muñoz enalteceu a obra da escritora e sua disposição para o trabalho, citando o livro que ela escreveu aos 92 anos. O acadêmico e sociólogo Yago Bueno citou o poeta norte-americano Ezra Pound e a maneira que a fundadora da Alca escrevia – livros para serem ouvidos. O professor e acadêmico José Geraldo de Souza disse no seu discurso que a Sra. Edméa tinha o dom “de alegrar a alma com suas palavras e sua presença”. A escritora e acadêmica Jandyra Adami, integrante da primeira diretoria da Alca, escreveu um texto em homenagem à fundadora, que foi lido na reunião – “Tenho orgulho de ser amiga da Sra. Edméa”.

Por fim, discursou o acadêmico e engenheiro Ronaldo de Azevedo Carvalho, também fundador da Alca e filho da escritora. Citou o fato de o ser o filho mais velho e da incumbência de representar seus irmãos no discurso, todos presentes na reunião. Falou sobre os livros de sua mãe, da fundação do Clube Feminino (de onde surgiu a então Academia Santarritense de Letras, hoje Alca) e o fato da escritora ser uma benemérita, sempre preocupada em praticar a caridade. Ronaldo Carvalho citou o ensaísta belga Maurice Maeterlinck – “As mulheres nunca se cansam de serem mães”.

Posses
Também na reunião do dia 25, foi apresentada aos acadêmicos sua mais nova confreira, a coreógrafa Ândrea Falsarella, que já há alguns anos realiza destacado trabalho junto às crianças e adolescentes santa-ritenses com eventos anuais de dança. Ândrea ocupará a cadeira número 37, que pertenceu ao médico pediatra Walter Telles – falecido em 2002.

O presidente da Alca, Victor Neira, deu as boas vindas e elogiou o trabalho de Ândrea. “Trata-se de uma difusora cultural nata”, disse. O acadêmico e músico erudito Ricardo Abrahão fez um discurso para a coreógrafa, elogiando os serviços prestados por ela à dança e à música.

Ândrea Falsarella discursou emocionada e lembrou o fato de ser conhecida pelas crianças como “Tia Ândrea”, posto que um dia pertenceu a também coreógrafa santa-ritense Vera Lúcia Martinez – uma de suas referências.

Também tomou posse a nova diretoria da Alca para os próximos dois anos. Victor Neira e Ronaldo Carvalho permanecem como presidente e vice-presidente respectivamente, reeleitos que foram. Neira anunciou na cerimônia de posse a 2.a edição do Prêmio Superação Através da Arte e a criação do Concurso Literário Edméa Carvalho, mais uma homenagem à fundadora da Alca.

Crédito das fotos: Evandro Carvalho/Alca.

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4 Responses to Alca homenageia a escritora Edméa Carvalho no primeiro evento de 2012

  1. Avatar de Antônio Carlos Gomes Antônio Carlos Gomes disse:

    Parabéns ,Ândrea,que bom que seu talento foi reconhecido pela Academia.Você é digna desta cadeira!

  2. Avatar de Renan Pivoto Renan Pivoto disse:

    Me diz uma coisa
    que livro que esse povo fez pra ser da acadimia de letras?

    • Avatar de Jonas Costa Jonas Costa disse:

      Renan,
      O artigo 2º do estatuto da Academia Brasileira de Letras (ABL) estabelece que “só podem ser membros efetivos da Academia os brasileiros que tenham, em qualquer dos gêneros de literatura, publicado obras de reconhecido mérito ou, fora desses gêneros, livro de valor literário (…)”. Ocorre que a Alca não se resume em uma confraria de escritores como a ABL; é a Academia de Letras, Ciências e Artes de Santa Rita do Sapucaí. Não conheço o estatuto da Alca, mas sei que essa instituição cultural foi fundada em 1985 com a denominação de Academia Santarritense de Ciências e Letras e, 20 anos depois, teve seu nome e sua sigla modificados para abrir-se a todas as formas de arte além da literatura (música, dança, pintura, escultura, teatro, cinema, fotografia, artes digitais etc). As ciências também são amplas e incluem, de acordo com o estatuto da Academia Brasileira de Ciências (ABC), as seguintes áreas especializadas do conhecimento: ciências matemáticas, ciências físicas, ciências químicas, ciências da terra, ciências biológicas, ciências biomédicas, ciências da saúde, ciências agrárias, ciências da engenharia e ciências sociais. Academias são confrarias que dialogam com a sociedade e com a história, e não conventos em que se vive na clausura sob tradições inalteráveis. Por serem permeáveis ao tempo, as academias se renovam, mas, por outro lado, estão sempre sujeitas à instrumentalização e às conveniências de toda natureza. Não se esqueça que a vetusta ABL, em 1980, acolheu José Sarney em detrimento de Mário Quintana. Nem todos os bons escritores são acadêmicos e nem todos os acadêmicos são escritores. O que importa, no caso da Alca, é que a imensa maioria de seus integrantes tem destacado papel na promoção das letras, ciências e artes, e que essa instituição sempre se dedicou ao resgate da história local e à valorização dos talentos santa-ritenses. Livro qualquer Paulo Coelho escreve.

  3. Avatar de Hutger Hutger disse:

    A Andrea só pela beleza já merecia ser a presidenta. Gatérrima.

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