1 Response to Vejam o abandono que está a Fazenda Belvedere

1. Ronaldo Carvalho disse:

   11/01/2012 às 17:13

   Mais uma vez este blog provoca a discussão de um tema importante para nossa cidade. Trata-se da lamentável situação da área comprada pela minha administração, a Fazenda Belvedere, com a finalidade de ali se instalar um Polo Tecnológico. O atual prefeito, coerente com sua política de não estimular a abertura de novas empresas industriais, decretou o abandono total do imóvel, hoje depredado e degradado, como mostrado em matérias deste blog.
   Para que se tenha uma noção da gravidade desta política perversa de não buscar investimentos industriais praticada pelo prefeito e do prejuizo causado ao povo, leiam a matéria publicada no jornal “Estado de Minas”, edição de hoje, 11 de janeiro, primeiro caderno, página 15. Título: “Minas desponta para conquistar Foxconn”. Trata-se da “novela” da instalação da fábrica de tablets da empresa tailandesa no Brasil, com investimentos previstos de 12 bilhões de dólares. A dúvida se arrasta desde abril do ano passado quando da visita da presidente Dilma a China. Na corrida pela instalação da fábrica somente dois estados se habilitaram: Minas e São Paulo. O complexo industrial terá fábricas de LCD, de células fotovoltaicas e de baterias de lítio. Segundo declaração ao jornal do ministro Aloísio Mercadante, da Ciência e Tecnologia, “somente a fábrica de telas de LCD exigirá uma área de 1 Kilômetro quadrado, solo estável, fácil acesso, aeroporto próximo, energia elétrica com fornecimento estável e muita água”.
   Impressionante. Parece que o ministro visitou a Fazenda Belvedere. Tudo o que ele exigiu, a área tem. Vejam:
   1.Área de 1 Kilômetro quadrado. A Fazenda tem 105 hectares, ou seja, pouco mais de 1 Kilômetro quadrado (1 milhão de metros quadrados).
   2.Solo estável. A fazenda tem aclives suaves de solo estabilizado e estável.
   3.Fácil acesso. A fazenda situa-se às margens de uma rodovia federal (BR-459).
   4.Aeroporto próximo. A fazenda está situada a menos de 15 kilômetros do Aeroporto de Pouso Alegre.
   5.Energia elétrica com fornecimento estável. A fazenda é cortada por linhas de alta tensão da Cemig. Basta a construção de uma sub-estação.
   6.Muita água. A fazenda tem vários mananciais de água, inclusive uma pequena lagoa.

   Aqui cabe uma pergunta. Não seria o caso de o prefeito colocar a escritura da fazenda debaixo do braço, procurar o Ministério da Ciência e Tecnologia ou a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e gritar: Atenção senhores técnicos, eu tenho a área que vocês precisam, vamos fazer uma visita no local. (Ele nem precisa dizer o nome do prefeito que comprou a área…). Este é um desafio. Se ele não tiver tempo, ocupado que está vistoriando obras de pintura de meios-fios ou do gramado do recinto de eventos, que mande seu secretário de Ciência e Tecnologia. Aliás, secretaria que eu criei. Caso contrário, vai ser acusado, sim, de impedir a vinda de empresas industriais para Santa Rita do Sapucaí para evitar a criação de novos empregos. Assim como fez com a Screen Service, onde instalada em Piouso Alegre.
   Tenho lido, às vezes, neste blog, que as próximas eleições vão trazer discussões e promessas. Uns dizem que precisamos trocar tudo e todos. Novos prefeitos, novos vereadores. Novas idéias e novas mentalidades. Renovação total. Tudo bem. No entanto, é preciso ir “devagar com o andor”. Chutar o pau da barraca é perigoso. O atual prefeito representava a renovação e deu no que deu. Collor, com seus 45 anos, foi cassado por corrupção. Tancredo, com seus 75 anos, foi o arquiteto da passagem da ditadura para a democracia sem derramar uma gota de sangue. Nero incendiou Roma com 30 anos de idade. A História está cheia destes exemplos.
   Eu entendo que a agenda de discussões para estas eleições deve ser a seguinte: O que o povo quer? Quais as necessidades do povo. O que o povo precisa? De um prefeito empresário que continue esta política de segurar o desenvolvimento industrial do município? De um prefeito que, quando vereador, votou contra a abertura do Restaurante Popular? De um prefeito “tapinha nas costas” que continue com a política de doação desenfreada do patrimônio público? De um prefeito que nos deixou uma dívida colossal de 26 milhões?
   Esta deve ser a agenda política a ser discutida nas próximas eleições. Ou seja, a discussão do futuro de nossa comunidade. As eleições oferecem uma oportunidade preciosa de abordar estes temas e colocar tudo às claras. É a oportunidade de mostrar ao povo quem é quem. Quem quer o desenvolvimento e quem não quer. Quem quer mais empregos para seus filhos e quem não não quer mais empregos porque tem uma bela situação financeira.
   Eu sempre entendi e continuo entendendo, que a função de um prefeito é viabilizar um salto no desenvolvimento de um município, ou um “upgrade”, como dizem os membros da comunidade da Informática. O sucesso de uma administração municipal deve ser medido elevação dos níveis de desenvolvimento social. Se ele não conseguiu, sua administração foi um fracasso.
   Mais uma vez eu cumprimento o Giácomo por colocar este tema à discussão de nossa comunidade.

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