Morre em São Lourenço a atriz Margot Louro, viúva de Oscarito

Atriz estava internada no hospital da cidade desde 24 de dezembro

Morreu na tarde de ontem quarta-feira (28), em São Lourenço, a atriz Margarida Teresa Dias, conhecida apenas por Margot Louro. A atriz, viúva do mestre do humor Oscarito, estava internada na CTI do Hospital de São Lourenço desde 24 de dezembro. Margot morreu por volta de 15h40 em decorrência de um acidente vascular cerebral e insuficiência respiratória. O corpo da atriz foi velado na noite de ontem quarta (28) na cidade mineira onde morava há 20 anos. Na manhã de hoje quinta (29), segue para o Rio de Janeiro, onde será cremado.

De acordo com Gislene Vilela, a Gigi, amiga da atriz, Margot Louro se mantinha lúcida, apesar da idade avançada. Completou em dezembro 95 anos. “Ela ainda contava as histórias engraçadas da época do cinema e dos passeios na cidade com Oscarito”, recorda Gigi. Aliás, confessa a amiga, a atriz tinha manifestado aos amigos um último desejo. “Margot dizia que tinha combinado com Oscarito que, após a morte dos dois, as cinzas deles seriam jogadas no Parque das Águas de São Lourenço, onde o casal gostava de fazer caminhadas”. Não foi o que aconteceu com o ator. Morreu na década de 70, aos 64 anos, sendo enterrado no Rio de Janeiro.

No caso da atriz, o desejo será respeitado. A psicóloga Luciana Teresa Dias, neta de Margot, atesta a realização da vontade da avó. “Vamos para o Rio e voltamos para jogar as cinzas. Minha avó brincava que depois da morte, ela ainda nos daria o trabalho”, conta a neta. Sobre a contribuição de Margot Louro ao cinema nacional e, claro, à preservação da trajetória de Oscarito, Luciana não deixa de tecer elogios. “Ela foi a memória viva do meu avô. Sempre nos contava como meu avô era como artista, na presença de amigos ou entre os familiares. Não deixava a história dele morrer”.

Carreira
Após conhecer o marido no circo, já que o ator nasceu dentro de uma família espanhola circense e a atriz cantava marchinhas de Carnaval sob lona, Margot Louro passou a acompahá-lo. Foi casada por 35 anos com Oscarito. Aliás, chegou a dividir não só a casa, mas o set de filmagens com o marido, entre eles no filme “O Golpe” (1956). Com o ator teve dois filhos: Miriam Teresa (atriz e dubladora) e José Carlos.

No cinema, a atriz estreou em 1933 no longa “A Voz do Carnaval”. Ainda atuou em “Colégio dos Brotos” (1955), “Vamos com Calma” (1956), “Guerra ao Samba” (1956), “O Golpe” (1956), “Papai Fanfarrão” (1957); “De Vento em Popa” (1957), “Esse Milhão é Meu” (1959), “O Cupim” (1960), “O Ibraim do Subúrbio” (1976) e “Tropclip” (1985). No teatro, participou, com destaque, em “Casa de Bonecas”, em 1971.

 

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