Sino da Matriz dá um susto em moradores

Era exatamente meia-noite quando os sinos da Igreja Matriz do Divino Espírito Santo em Varginha, começaram a tocar. Eu estava no Restaurante Ali Babá, ali perto. Tinha acabado de chegar de viagem com meu filho. Enquanto comíamos espetinho de kafta, aguentamos 15 minutos de badaladas. Pelas calçadas, a moçada ia pra balada no Clube de Varginha (a festa Only & White). Todo mundo de olho na torre da igreja. No restaurante, surgiam as teorias. “Morreu o Papa ou um padre”, disse um. “Falta uma semana para Jesus nascer”, arriscou outro. De repente um carro sai correndo do pátio da Igreja Matriz. Aí ficamos sabendo: o sino disparou e a única pessoa que tem a chave é o sacristão. O motorista foi correndo buscar o sacristão para acabar com o barulho…

As teorias que surgiram no restaurante têm fundamento. O som dos sinos faz parte da tradição da Igreja, como forma de informar à cidade acontecimentos relevantes. Algumas comunidades religiosas, enclausuradas, utilizavam o sino para chamar a população para rezar. Cada badalada tem um significado. O próprio costume de tocar a Ave Maria nas emissoras de rádio às 18h é uma forma moderna de substituir os sinos (Angelus, às 6h, meio-dia e 18h). Ainda hoje, muitas cidades comunicam falecimentos através do sistema de som na torre da igreja matriz.

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