Painel eletrônico de R$ 180 mil causa polêmica na Câmara

Modernização de sistema de votação divide opinião entre os vereadores

A compra de um sistema com painel eletrônico avaliado em R$ 180 mil é motivo de polêmica na Câmara Municipal de Pouso Alegre. A decisão de comprar o equipamento veio da Mesa Diretora. A novidade já está sendo usada nas sessões da Câmara. Pelo painel, é possível acompanhar o número de vereadores presentes e o andamento das votações. O sistema ainda permite que vídeos sejam exibidos. Cada vereador também recebeu um computador portátil. Agora, para apoiar ou rejeitar um projeto de lei, ninguém precisa mais se levantar da cadeira, basta dar um clique e o voto aparece na tela, formada por quatro TVs de 46 polegadas.

O presidente da Câmara, Moacir Franco, alega que a implantação do sistema, com 11 notebooks, o software e o painel, é um gasto necessário. “Hoje esse sistema está constituído de 11 notebooks, onde nós teremos todos os projetos de lei, se você quer ver um parecer, um voto registrado, as datas. A princípio a quantia (de R$ 180 mil) é significativa, mas esse sistema já está pronto para atender até 15 vereadores. Nós temos que modernizar”, diz ele. Segundo o presidente, a Mesa Diretora tem um orçamento específico para a compra de materiais e que como o orçamento sempre é aprovado no ano anterior, a compra já estava prevista e não precisou de votação.

Porém, há vereadores que não concordam com a medida. Hélio Carlos de Oliveira, do PT, acredita que esse item é desnecessário. “Quando a Câmara faz um gasto ostensivo, supérfluo e desnecessário, a gente fica muito triste em saber que quem perde é a população”, diz. Há também quem defenda que a população deveria ter sido consultada antes do investimento. “A partir do que a população nos informasse, a gente poderia estar definindo como poderia utilizar os R$ 180 mil”, diz a vereadora Dulcinéia Costa, do PV.

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