Um analista ambiental de Varginha é um dos sete reféns de uma tribo de índios que fica na Aldeia Kururuzinho, em Alta Floresta, na divisa entre Mato Grosso e Pará, desde a última segunda-feira (17). Marcos Ximenes Conde, de 26 anos, é analista ambiental da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Governo Federal. Além dele, outros dois funcionários da EPE e quatro funcionários da Funai (Fundação Nacional do Ìndio) também estão em poder da tribo.
Os funcionários da Funai e da EPE chegaram à aldeia na segunda-feira para fazer a apresentação de um estudo sobre os impactos da hidrelétrica e, quando tentaram deixar o local, foram impedidos. As negociações estão sendo feitas diretamente pela presidência da Funai, em Brasília. O assessor de imprensa da Prefeitura de Jacareacanga (PA), Nonato Silva, está na aldeia com a permissão dos índios. Segundo ele, os reféns passam bem e não foram agredidos.
Entre as reivindicações dos índios estão a demissão do presidente da Funai e também do coordenador da Funai em Itaituba (PA), além da demarcação das terras das tribos Kayabi e Itapiaká. Outro pedido, que já foi atendido, é a suspensão das audiências que tratam da construção da Usina de São Manoel, que fica próximo à aldeia.

























