Veículo de catador de papelão ficou todo danificado; outro envolvido foi retirado do local

Morador guardou acessório e peça que seriam do carro que provocou o acidente (Fotos: Venício Scatolino)

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Em Alfenas, um catador de papelão ficou sem o automóvel que usa para trabalhar, atingido por outro na madrugada de quinta-feira, 18 de agosto. Estacionado rente ao meio-fio, o Corcel II chegou a ser lançado a cerca de 10m de distância pelo outro veículo envolvido que foi retirado do local pelo proprietário.

Vicente de Paula Bernardes contou que dormia quando escutou um forte barulho em frente a sua casa, na Rua Tupinambás (Bairro Vila Teixeira). “Abri a janela e ainda vi um clarão no rumo do portão que foi lançado pra trás. Demorei uns três minutos pra sair e quando cheguei na rua vi o meu carro todo amassado. O outro já tinha ido embora, nem vi de que tipo era.”, lembrou na manhã de quinta-feira. No entanto ele guardou um retrovisor interno e uma capa de retrovisor externo na cor prata, com numeração de chassi, que seriam do outro veículo.

O impacto foi tão forte que o Corcel II branco (GQZ-0415, Machado/MG), mesmo carregado com papelão e materiais recicláveis, foi lançado a cerca de 10m de distância – da frente do portão até junto ao poste, sobre a calçada. Houve danos gerais, principalmente na traseira que afundou completamente. “Deu perda total. Era meu único carro, que usava para trabalhar e sustentar a minha família”, lamentou Vicente que mora com a esposa e oito filhos no imóvel cujo aluguel é custado pela Prefeitura de Alfenas.

Até por volta das 11h30 o catador ainda não havia registrado o Boletim de Ocorrência (BO), segundo ele porque a Polícia Militar não compareceu ao local apesar das diversas solicitações. “Só eu liguei seis vezes no 190 desde às 5h e os vizinhos ligaram também. A resposta é de que não tinha viatura disponível no momento. Preciso do BO pra retirar o carro daqui, não posso por a mão nele assim”, reclamou.

Através da sala de operações (atendimento) a PM informou que em casos de acidente onde não há vítima não existe a necessidade do envio de uma equipe para registrar o fato. Neste caso os envolvidos devem se dirigir até a sede da Guarda Municipal (Praça Dr. Emílio da Silveira) ou no quartel (Bairro Vista Grande) para prestar queixa. A atendente disse que o proprietário do Corcel II recebeu orientação neste sentido.