Material pode ter causado um curto-circuito que matou 15 pessoas em Bandeira do Sul
Seis cidades da região do Sul de Minas Gerais proibiram o uso, venda e distribuição da serpentina metalizada em qualquer evento público. O objetivo é prevenir possíveis acidentes que possam ocorrer durante o carnaval, a exemplo do que aconteceu em Bandeira do Sul, quando no último domingo (27) 15 pessoas morreram eletrocutadas. Elas estavam próximas a um trio elétrico que sofreu uma descarga elétrica possivelmente causada por uma serpentina metalizada jogada sobre a fiação que entrou em curto-circuito.
Confira a cobertura completa do acidente
A primeira cidade a adotar a medida foi Poços de Caldas. Em seguida, Muzambino, Bandeira do Sul, São Lourenço e Alfenas. Na tarde desta quinta-feira (3), as prefeituras de Pouso Alegre e Varginha também informaram que está proibida a utilização e a comercialização do material.
Ferido volta para o hospital
Um jovem de 17 anos que ficou ferido no acidente envolvendo um trio elétrico no último domingo (27) em Bandeira do Sul voltou a ser internado. Quinze pessoas morreram depois de receber uma descarga elétrica após um curto-circuito em uma rede de média tensão. Douglas Damião foi levado para o Hospital de Campestre no dia do acidente, teve alta e foi para casa na cidade de Palmeiral. Na tarde de quarta-feira (2), ele deu entrada na Santa Casa de Poços de Caldas com dores nas queimaduras.
Com isso, subiu para 14 o número de feridos no acidente que estão internados, quatro deles em estado grave. Na Santa Casa de Poços de Caldas, são 11 pacientes internados. A adolescente Karolini Alves Franco, de 14 anos, está na UTI. O quadro é estável, mas não há previsão de alta (veja a relação dos nomes abaixo). Outro paciente em estado grave é Valdecir Roberto da Silva, de 31 anos, que está na UTI do Hospital Pedro Sanchez, também em Poços de Caldas. Outros dois feridos correm risco de morte: Ramon Ambrogi, de 18 anos, e Stenia Honorato do Carmo, de 15 anos, internados na unidade de queimados do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte.
Feridos internados na Santa Casa de Poços de Caldas
Cristiano Gabriel Pereira, 21 anos
Isadora Muniz Reis, 18 anos
Jenifer Fernandes Tobias, 12 anos
Karolini Alves Franco, 14 anos, está na UTI
Larissa Marques Barreiro, 13 anos
Nayara Franciele Garcia do Carmo, 17 anos
Paulo Sérgio Soares dos Santos, 16 anos
Raianny Gabrielly Silva Ferreira, 07 anos
Yale Alves Franco, 11 anos
Augusto José Siqueira, 17 anos
Douglas Damião, 17 anos
Testes feitos no laboratório de alta tensão da Universidade Federal de Itajubá comprovaram que uma serpentina metalizada pode causar um curto-circuito ao entrar em contato com fios da rede elétrica. O material é considerado pela polícia como um dos possíveis causadores de uma explosão em cabos de média tensão em Bandeira do Sul. No laboratório, o equipamento simula de maneira segura uma tensão na rede de 13.800 Volts. Assim que o aparelho é ligado em contato com a serpentina metalizada, são constatados picos na corrente que representam o curto-circuito. A energia elétrica passa pela fita até que ela arrebenta. O professor Manoel Luis Martins explica que a situação poderia ter o mesmo feito com pedaços de papel ou até mesmo um cabo de vassoura encostados na rede, e por isso alerta que as pessoas devem manter uma distância segura dos fios.
Sem certificação
O rótulo da serpentina metálica que pode ter provocado o curto-circuito traz um alerta contra o uso do material perto da rede elétrica apenas em inglês. O diretor do Instituto de Pesos e Medidas de Minas Gerais (Ipem-MG), Tadeu Mendonça, informou que a serpentina metalizada não é certificada pelo órgão, mas esclareceu que a falta de regulamentação ou certificação não impede a venda do produto. O lança-serpentina, importado da China, funciona com gás comprimido: é só girar a base, que a fita metálica se solta. O Código de Defesa do Consumidor exige rótulos com informações em português dos produtos comercializados no Brasil. De acordo com a polícia, quatro artefatos de lança-serpentina foram apreendidos, um já usado e outros três intactos.
Parte dos fios da rede telefônica da cidade onde ocorreu o incidente têm serpentinas metálicas presas. A polícia investiga se essas fitas teriam provocado o curto-circuito e aguarda o laudo da companhia de energia elétrica, a Cemig. O rompimento de cabos da rede de eletricidade atingiu o trio elétrico. Com a falta de estrutura da delegacia responsável pela investigação em Bandeira do Sul, o caso foi transferido para Poços de Caldas.
O pré-carnaval de Bandeira do Sul foi organizado pela prefeitura, que responsabiliza a Cemig pela tragédia. “Quando deu curto lá esse fio tinha que ser desligado. Alguma coisa faltou por parte da Cemig”, disse o prefeito José dos Santos. Em nota, a Cemig disse que não irá se pronunciar sobre as alegações do prefeito de Bandeira do Sul. A empresa diz que as análises preliminares indicam que uma serpentina metálica teria sido jogada sobre a rede elétrica, provocando um curto-circuito com o rompimento de três cabos. Um caiu sobre o trio elétrico e outros, no solo. A Cemig informou ainda que aguarda o resultado oficial da perícia feita pela polícia e pelos bombeiros.


























Boa Noite pessoal,alguém pode me dizer , por que Santa Rita também não proibiu o uso de serpentina metálica ou proibiu e eu não estou sabendo? fiquei sabendo só do spray de
espuma.
E Santa Rita comé que fica ? ? ?