NOTA DE FALECIMENTO – Jornalista Linderley Maida

Trabalhou e comandou a gráfica que fazia a impressão do jornal ‘Alfenense’ nas décadas de 60, 70 e 80.

 

Morreu em Alfenas, na madrugada de domingo, dia 20, o jornalista Linderley Geraldo Maida, aos 72 anos. Trabalhou e comandou a gráfica que fazia a impressão do jornal ‘Alfenense’ nas décadas de 60, 70 e 80. E quando aquele tradicional semanário esteve por sucumbir, com ajuda do poder público e de vários colaboradores se manteve à frente, desempenhando as funções de repórter e de fotógrafo. Batia no peito, demonstrando honra e orgulho em favor do jornal ‘Alfenense’, que para ele, era o guardião de Alfenas.

Conservador, foi várias vezes candidato a vereador. No entanto, não logrou êxito em nenhuma das eleições e também pedir voto não era o seu forte. De temperamento um tanto quanto exaltado, se via acuado quando o assunto era oposição. “Estou sempre a favor da cidade; quem é o prefeito não importa”, saía pela tangente quando alguém queria tocar em assunto polêmico em seu jornal. “Você pode até ter razão, mas aqui eu não quero este tipo de matéria”, dizia, um tanto quanto constrangido por causa da repercussão e dor de cabeça que este ou aquele assunto traria para todos.

Ao seu modo, era bonachão e caridoso, e afirmava que não levaria desaforo para casa. Há quem diga que em sua juventude era temperamental e muitas vezes fazia do físico o seu diálogo. Sempre esteve presente no meio político e foi filiado a vários partidos, dentre eles, a Arena, antigo PDS e mais tarde cerrou fileiras no PFL, hoje Democratas; ultimamente, cortejava o PT de Pompilio, Luizinho, Guinho, Cheta, Chico, Cirlei, Salomar e demais companheiros e outros não tão companheiros assim.

Se gabava de ter convivido com pessoas ilustres; dentre elas, Edson Velano, Telmo Magalhães, Lincoln Westin da Silveira, professor Alaor, Leyr Singi, Raul Carvalho e Chicão da Farmácia, além do poeta, escritor e dramaturgo Waldir de Luna Carneiro. Era o braço direito e homem de confiança do saudoso Lucio Leite Amaral, morto em acidente em 1974.

Os companheiros de gráfica passavam ‘aperto’ com ele, pois era enérgico e vivia cobrando mais empenho. “Inglês” e “Coroné” foram alcunhas em seu tempo do extinto jornal ‘Alfenense’. No sábado, dia de vale, era um Deus nos acuda, mas cada um dos tipógrafos e aprendizes sabia como lidar com ele. Pediam R$ 100 e de repende saia a metade; e assim, todos iam felizes para a casa.

Antônio Natal Simágio, Antônio Coelho, Paulo Celso Jordão, Paulo César Souza, Jânio Carlos, Sebastião “Prospiti” (Tião do Cine Alfenas, já falecido), Devanil dos Reis (Pelé, falecido), Marcelo Siqueira, Antônio Castilho, Gilberto Lima, Marco Túlio Azola, Júlio César, dentre outros, foram os tipográficos dos áureos tempos do jornal ‘Alfenense’ e passaram pelo crivo e crítico olhar de Maida, no zelo da sua profissão. Era filho de Savério Maida e Mariam Bonfim Maida (falecidos) e deixou as irmãs Lenilda, Lindalva, Leodicéia, Loricilda, Lidinéia, Lenira, Lucimara, Lucélia (falecida) e o irmão Leovanil, o Léo da Prefeitura.

Natural de Alfenas, casou-se com Maria Amélia, falecida em 2010, com quem teve os filhos Galvani, Gisela e Giovani, todos formados em Odontologia, pelos quais certamente daria a vida, tamanho o orgulho e carinho que nutria por eles. À família, os nossos sentimentos de profundo pesar.

 

FONTE: JORNAL DOS LAGOS

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