No Sul de Minas, roubos como esses são comuns
Nos últimos 17 anos, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico Cultura e Artístico de Minas Gerais registrou o desaparecimento de 585 peças sacras em Minas Gerais. Desse total, apenas 38 delas foram localizadas e 83 restituídas. O Ministério Público Estadual, que monitora o roubo dessas imagens, afima que o Estado já perdeu 60% do patrimônio cultural sacro em razão de furtos, roubos ou apropriações indevidas.
No Sul de Minas, a maior parte das peças roubadas ainda não foi encontrada. Nos municípios que fazem parte da Diocese de Campanha, são 25 peças desaparecidas. O valor material que essas peças possuem as colocam em risco. No Museu Regional do Sul de Minas, em Campanha, 25 imagens que foram furtadas em 1994 ainda estão perdidas. Três delas foram recuperadas: as de Santa Cecília e Santa Bárbara, que foram encontradas em um antiquário de São Paulo e a de São Vicente Férrer, que foi devolvida em uma igreja da capital paulista. Todas voltaram danificadas.
Há registros de vários outros furtos de obras de artes sacras na região. O último aconteceu em Passos na semana passada, quando coroas de ouro da imagem de Nossa Senhora da Penha e do Menino Jesus foram levadas. Em 2008, a imagem do Divino Espírito Santo sumiu da matriz de Pratápolis. No mesmo ano, duas igrejas foram arrombadas em Ibituruna e entre vários objetos, uma imagem centenária foi furtada da igreja matriz.
Em 2010, um ladrão chegou a levar a imagem de Nossa Senhora das Dores da Capela da Santa casa, mas, arrependido, decidiu devolver a peça.
As investigações para este tipo de crime contra bens tombados pelo patrimônio histórico são feitas pela Polícia Federal, que reconhece que encontrar essas obras de arte é tarefa díficil

























